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'Armazém do Fim do Mundo' na Noruega abre portas para receber 22.000 novas amostras de sementes

© AP Photo / David Keyton'Bunker do apocalipse' guarda em segurança sementes do mundo inteiro na ilha norueguesa de Spitsbergen
'Bunker do apocalipse' guarda em segurança sementes do mundo inteiro na ilha norueguesa de Spitsbergen - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2022
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O Banco Mundial de Sementes, na ilha norueguesa de Spitsbergen, recebeu nesta segunda-feira (14) 22.000 novas amostras, provenientes de vários países, informou o governo da Noruega.
Atualmente, o número total das reservas é de aproximadamente 1.125.000 sementes diferentes, com quase 5.500 espécies e 89 bancos de genes, segundo dados oficiais da organização.
O chamado "Armazém do Fim do Mundo", administrado pela organização internacional Crop Trust, junto com o Centro Nórdico de Recursos Genéticos e o governo da Noruega, foi aberto em 2008 com vista a preservar a biodiversidade agrícola do planeta.
Os cientistas depositam lá sementes congeladas das plantas mais importantes do mundo, com o objetivo de proteger este material genético de possíveis desastres naturais, guerras e outras catástrofes. Além disso, as coleções servem aos agricultores e cientistas para melhorar geneticamente as plantas e desenvolver novas variedades de cultivos.
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Situado na ilha de Spitsbergen, a meio caminho entre a Noruega continental e o Pólo Norte, o depósito abre suas portas apenas algumas vezes por ano para reduzir ao mínimo a exposição de seus bancos de sementes ao mundo exterior. Está previsto que durante o ano de 2022 o banco reabra no início de junho e no fim de outubro.
Desta vez, os bancos de genes do Sudão, Uganda, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha e o Líbano colocaram no armazém mais alguns tipos de sementes, entre elas painço, sorgo e trigo, para renovar suas próprias coleções, detalham as autoridades norueguesas.
O Centro Internacional de Pesquisa Agrícola em Zonas Áridas, que realizou três retiradas de sementes - em 2015, 2017 e 2019, para recuperar as coleções danificadas pelo conflito na Síria, assim como os depósitos no Líbano e Marrocos, colocará no banco cerca de 8.000 novas amostras.

"O fato de a coleção de sementes destruídas na Síria durante a guerra civil ter sido sistematicamente reconstruída demonstra que o armazém funciona como um seguro para o abastecimento atual e futuro de alimentos e para a segurança alimentar local", declarou a ministra de Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, citada pela Reuters.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura recorda que, ao longo da história, de cerca de 30.000 espécies de plantas comestíveis, 6.000-7.000 foram cultivadas como alimento. Porém, agora cerca de 40% de nossas calorias provêm de apenas três culturas principais: milho, trigo e arroz, o que torna o fornecimento de alimentos muito vulnerável, caso os efeitos das mudanças climáticas danifiquem as colheitas.
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