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Vice-premiê russo: déficit de energia na China pode causar alta de preços mundiais do aço e alumínio

© AP Photo / Ng Han GuanBandeiras da China e das holdings Fosun e Forte, no centro em Pequim, 15 de novembro de 2021
Bandeiras da China e das holdings Fosun e Forte, no centro em Pequim, 15 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2022
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Devido à necessidade de reduzir as emissões de carbono, a China vai continuar comprando ativamente gás, considera o vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr Novak.

"A China continuará comprando ativamente gás natural, o que preservará o seu nível de preços. Além do mais, se as fábricas chinesas se defrontarem com um déficit da energia elétrica, os preços mundiais do aço e alumínio podem crescer de forma significativa", escreveu o titular em sua coluna na revista Energeticheskaya Politica.

Novak ressaltou que a China, a maior compradora mundial de gás natural, no final do ano passado enfrentou a ameaça de falta de recursos energéticos. Os depósitos de gás no país asiático, de acordo com suas palavras, estão sendo preenchidos a ritmos muito lentos, uma vez que as autoridades introduziram restrições ao uso de energia proveniente de outros combustíveis fósseis.
As restrições e a falta de eletricidade atingiram 20 regiões, cuja contribuição total à economia chinesa constitui aproximadamente 66% do PIB. Isso resultou na queda abrupta da produção industrial no país.
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"Portanto, as restrições ao uso da energia elétrica, obtida com produção de carbono, pode afetar negativamente as cadeias de suprimentos de commodities, e também provocar uma oferta insuficiente no mercado e posterior alta nos preços dos produtos finais", detalhou o vice-premiê.

Nord Stream 2 pode estabilizar mercado da Europa

Aleksandr Novak também abordou o assunto do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), promovido pela Rússia e cuja construção terminou no ano passado. Segundo ele, a sua entrada em funcionamento poderia promover a estabilização do mercado de gás na Europa, bem como levar à redução das emissões de carbono.
Conforme escreve, "a utilização, por exemplo, de 55 bilhões de metros cúbicos de gás do Nord Stream 2 para gerar energia elétrica permitiria à União Europeia reduzir o volume total das emissões de carbono em 14%, ou seja, um volume anual de emissões equivalente a cerca de 30 milhões de carros médios".
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