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Cientistas descobrem como construir espaçonave que cruzará Sistema Solar em tempo recorde
Cientistas descobrem como construir espaçonave que cruzará Sistema Solar em tempo recorde
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Cientistas afirmam ter descoberto as bases fundamentais para construir uma nave que chegará a outro sistema solar no decorrer de nossas vidas. 19.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-19T22:13-0300
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Pesquisadores da Breakthrough Starshot Initiative descobriram uma maneira de construir uma espaçonave capaz de viajar a um quinto da velocidade da luz para chegar a Alpha Centauri em apenas 20 anos.A descoberta, se comprovada, permite que a humanidade explore uma estrela em um tempo razoável ao invés de usar os milhares de anos que seriam necessários com os atuais motores químicos.Se forem usados espaçonaves de propulsão não-nuclear, uma viagem a um planeta orbitando Proxima Centauri, em Alpha Centauri, provavelmente exigiria milhares de anos. Por exemplo, a Voyager 1, que agora está viajando 17,043 km/s em relação ao Sol, chegaria a Proxima Centauri em 73.775 anos.Para conseguir isso, o objetivo dos cientistas é viajar a um quinto da velocidade da luz usando uma série de lasers, localizados em uma estação terrestre, para alimentar uma vela solar microscopicamente espessa e com apenas três metros de diâmetro. Como um veleiro espacial, essa vela arrastaria sensores de tamanho microscópico para Alpha Centauri, o sistema estelar mais próximo da Terra, localizado a "apenas" 4,37 anos-luz de distância. A um quinto da velocidade da luz, a espaçonave Starshot chegaria ao seu destino em cerca de 20 anos. Uma vez lá, seu sinal hipotético chegaria ao nosso planeta em pouco menos de quatro anos e meio.O projeto, que conta entre suas fileiras o ex-diretor da NASA Ames Research Center Pete Worden, publicaram estudos que resolvem dois problemas fundamentais para que a tecnologia seja aplicada.O primeiro estudo aponta a forma que essas velas solares realmente devem ter. Contrariamente às ideias que tínhamos até há pouco tempo, as velas não seriam planas, muito pelo contrário.Devem ser infladas como as velas de um veleiro para evitar que se quebrem, com uma curva tão profunda quanto sua largura. Só assim, diz o estudo, poderá resistir à hiperaceleração a que será submetida. De acordo com outro dos autores do estudo, Matthew Campbell, da Universidade da Pensilvânia, "fótons de laser encherão a vela, tal como o ar enche uma bola de praia".A ideia de uma vela [solar] leve já existe há algum tempo, mas acabamos de descobrir como garantir que esse projeto sobreviva à viagem", diz outro cientista que participou do estudo. A segunda grande realização do projeto é a dissipação do calor dos feixes de laser que empurrarão a vela para acelerar a nave. Os materiais da vela, que serão feitos de folhas de óxido de alumínio e dissulfeto de molibdênio, não suportariam o acúmulo de energia causado apenas pelos lasers. Se as velas absorverem mesmo uma pequena fração da luz do laser incidente, elas aquecerão a temperaturas muito altas. Por isso, os cientistas propuseram meios para "maximizar sua capacidade de irradiar calor, que é o único modo de transferência de calor disponível no espaço". A solução está na tecnologia nanoscópica. Somente aumentando a área de superfície efetiva da vela usando gravação de textura nanoscópica será possível resfriar efetivamente a vela, permitindo que ela viaje em velocidade relativística sem ser rasgada em pedaços.
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Cientistas descobrem como construir espaçonave que cruzará Sistema Solar em tempo recorde
22:13 19.02.2022 (atualizado: 07:50 20.02.2022) Cientistas afirmam ter descoberto as bases fundamentais para construir uma nave que chegará a outro sistema solar no decorrer de nossas vidas.
Pesquisadores da Breakthrough Starshot Initiative descobriram uma maneira de construir uma espaçonave capaz de viajar a um quinto da velocidade da luz para chegar a Alpha Centauri em apenas 20 anos.
A descoberta, se comprovada, permite que a humanidade
explore uma estrela em um tempo razoável ao invés de
usar os milhares de anos que seriam necessários com os atuais motores químicos.
Se forem usados espaçonaves de propulsão não-nuclear, uma viagem a um planeta orbitando Proxima Centauri, em Alpha Centauri, provavelmente exigiria milhares de anos. Por exemplo, a Voyager 1, que agora está viajando 17,043 km/s em relação ao Sol, chegaria a Proxima Centauri em 73.775 anos.
Para conseguir isso, o objetivo dos cientistas é viajar a um quinto da velocidade da luz usando uma série de lasers, localizados em uma estação terrestre, para alimentar uma vela solar microscopicamente espessa e com apenas três metros de diâmetro.
Como um veleiro espacial,
essa vela arrastaria sensores de tamanho microscópico para Alpha Centauri, o sistema estelar mais próximo da Terra, localizado a "apenas" 4,37 anos-luz de distância.
A um quinto da velocidade da luz, a espaçonave Starshot chegaria ao seu destino em cerca de 20 anos. Uma vez lá, seu sinal hipotético chegaria ao nosso planeta em pouco menos de quatro anos e meio.
O projeto, que conta entre suas fileiras o ex-diretor da NASA Ames Research Center Pete Worden, publicaram estudos que resolvem dois problemas fundamentais para que a tecnologia seja aplicada.
O primeiro estudo
aponta a forma que essas
velas solares realmente devem ter. Contrariamente às ideias que tínhamos até há pouco tempo, as velas não seriam planas, muito pelo contrário.
Devem ser infladas como as velas de
um veleiro para evitar que se quebrem, com uma curva tão profunda quanto sua largura. Só assim, diz o estudo, poderá resistir à hiperaceleração a que será submetida.
De acordo com outro dos autores do estudo, Matthew Campbell, da Universidade da Pensilvânia, "fótons de laser encherão a vela, tal como o ar enche uma bola de praia".
A ideia de uma vela [solar] leve já existe há algum tempo, mas acabamos de descobrir como garantir que esse projeto sobreviva à viagem", diz outro cientista que participou do estudo.
A
segunda grande realização do projeto é a
dissipação do calor dos feixes de laser que empurrarão a vela para acelerar a nave.
Os materiais da vela, que serão feitos de folhas de óxido de alumínio e dissulfeto de molibdênio, não suportariam o acúmulo de energia causado apenas pelos lasers. Se as velas absorverem mesmo uma pequena fração da luz do laser incidente, elas aquecerão a temperaturas muito altas.
Por isso, os cientistas propuseram meios para "maximizar sua capacidade de irradiar calor, que é o único modo de transferência de calor disponível no espaço". A solução está na tecnologia nanoscópica.
Somente aumentando a área de superfície efetiva da vela usando gravação de textura nanoscópica será possível resfriar efetivamente a vela, permitindo que ela viaje em velocidade relativística sem ser rasgada em pedaços.