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Rara bactéria desenvolve seu próprio sistema de fotossíntese (IMAGEM)
Rara bactéria desenvolve seu próprio sistema de fotossíntese (IMAGEM)
Sputnik Brasil
A estrutura da bactéria funciona como uma espécie de funil, através do qual a energia absorvida na periferia passa ao centro, onde se converte em energia... 21.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-21T09:04-0300
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Uma equipe internacional de cientistas descobriu que uma incomum bactéria coletada em um lago de água doce no deserto de Gobi desenvolveu seu próprio sistema de fotossíntese, segundo estudo publicado na revista Science Advances.Apesar de existirem diferentes bactérias capazes de utilizar a luz solar como fonte de energia, os cientistas ressaltaram que o espécime encontrado é a primeira bactéria fototrófica do filo (Filos são agrupamentos de seres vivos baseados em uma configuração morfológica comum) Gemmatimonadetes. De acordo com os cientistas, a bactéria desenvolveu genes relacionados à fotossíntese mediante uma transferência genética horizontal de uma antiga proteobactéria fototrófica, o que supõe um processo incomum para para um organismo não fototrófico.Tomografia do fotossistema Gemmatimonas fototrófica de anel duplo. Publicação original: Qian et al. Sci. Adv. 2022.Os autores do estudo observam que esta descoberta pode oferecer informações importantes sobre a evolução da fotossíntese em geral.A composição da bactéria, que constitui um sistema altamente estável, favorece o processo da fotossíntese e conta com 178 pigmentos em 80 subunidades de proteínas, localizadas em forma de dois anéis concêntricos em torno de um centro de reação, que transforma a energia.Dado que os pigmentos no anel exterior têm mais energia que os pigmentos no centro, a estrutura da bactéria funciona como uma espécie de funil, através do qual a energia absorvida na periferia passa ao centro, onde se converte em energia metabólica."A arquitetura do sistema é muito elegante, uma verdadeira obra de arte da natureza", afirmou Michal Koblizek, do Instituto de Microbiologia da Academia de Ciências da República Tcheca.
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ciência e tecnologia, bactérias, estudo, fotossíntese
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A estrutura da bactéria funciona como uma espécie de funil, através do qual a energia absorvida na periferia passa ao centro, onde se converte em energia metabólica.
Uma equipe internacional de cientistas descobriu que uma incomum bactéria coletada em um lago de água doce no deserto de Gobi desenvolveu seu próprio sistema de fotossíntese, segundo estudo
publicado na revista Science Advances.
Apesar de existirem diferentes bactérias capazes de utilizar a luz solar como fonte de energia, os cientistas ressaltaram que o espécime encontrado é a
primeira bactéria fototrófica do filo (Filos são agrupamentos de seres vivos baseados em uma configuração morfológica comum) Gemmatimonadetes.
De acordo com os cientistas, a bactéria desenvolveu genes relacionados à fotossíntese mediante uma transferência genética horizontal de uma antiga proteobactéria fototrófica, o que supõe um processo incomum para para um organismo não fototrófico.
Tomografia do fotossistema Gemmatimonas fototrófica de anel duplo. Publicação original: Qian et al. Sci. Adv. 2022.
Os autores do estudo observam que esta descoberta pode oferecer informações importantes sobre a evolução da fotossíntese em geral.
A composição da bactéria, que constitui um
sistema altamente estável, favorece o processo da fotossíntese e conta com
178 pigmentos em 80 subunidades de proteínas, localizadas em forma de dois anéis concêntricos em torno de um centro de reação, que transforma a energia.
Dado que os pigmentos no anel exterior
têm mais energia que os pigmentos no centro, a estrutura da bactéria funciona como uma espécie de funil, através do qual a energia absorvida na periferia passa ao centro, onde se converte em
energia metabólica.
"A arquitetura do sistema é muito elegante, uma verdadeira obra de arte da natureza",
afirmou Michal Koblizek, do Instituto de Microbiologia da Academia de Ciências da República Tcheca.