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'Vamos pelo caminho errado': ex-secretário da Alemanha recorda que OTAN prometeu não se expandir
'Vamos pelo caminho errado': ex-secretário da Alemanha recorda que OTAN prometeu não se expandir
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A Rússia tem impressão 'justificada' de que a OTAN a quer separar da Europa, diz Willy Wimmer, ex-secretário de Estado parlamentar no Ministério da Defesa da... 21.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-21T15:09-0300
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A Rússia tem impressão "justificada" de que a OTAN a quer separar da Europa, diz Willy Wimmer, ex-secretário de Estado parlamentar no Ministério da Defesa da Alemanha no período a seguir ao fim da Guerra Fria. Ele crê que a política seguida pela OTAN a partir de 1992 criou um muro nas relações com a Rússia.A expansão da OTAN para o Leste Europeu quebra as promessas dadas pela própria aliança, e gera uma sensação de ameaça "justificada" por parte da Rússia, segundo Willy Wimmer, ex-secretário de Estado parlamentar no Ministério da Defesa da Alemanha (1985-1992), em entrevista publicada no sábado (19) na RT.Wimmer, que foi vice-presidente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) entre 1994 e 2000, comentou a recente publicação de um documento de 1991 pelo jornal Der Spiegel, que confirma que a Aliança Atlântica prometeu não se expandir para leste. De acordo com ele, ainda em 1989 ele expôs a Hermut Kohl, então chanceler da Alemanha (1982-1998) "os pontos que entraram na totalidade nos acordos sobre a reunificação" alemã."Na época entendíamos muito bem os problemas que enfrentamos hoje, pelo que a Alemanha naquele momento tomou a decisão de recusar o acolhimento de tropas da OTAN no território da antiga República Democrática da Alemanha e limitar [a expansão da OTAN] ao rio Óder", disse o atual político da União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão).Assim, o objetivo central da Alemanha e da Europa na época era "uma abordagem muito cautelosa" em relação ao Leste Europeu e "a cooperação com todos".Na opinião dele, desde então "temos ido pelo caminho errado, contribuindo à criação na Federação da Rússia de uma impressão bastante justificada de que o Ocidente faz tudo o possível para separar a Rússia da Europa, voltar a erguer um muro entre o mar Báltico e o mar Negro, de que o Ocidente está interessado em destruir a Rússia paulatinamente, em vez de cooperar com este grande país".Destino pós-Guerra Fria da OTANA Rússia tem se insurgido contra o alargamento da OTAN aos antigos membros do antigo bloco do Pacto de Varsóvia desde os anos 1990, considerando isso uma ameaça direta ao país, e contra o espírito das negociações a seguir ao fim da Guerra Fria, apesar da falta de um acordo escrito.Moscou também tem argumentado que os Estados-membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) acordaram em Istambul, Turquia, em 1999, e em Astana, Cazaquistão, em 2010, o princípio da indivisibilidade da segurança, ou seja, que nenhum Estado pode adquirir segurança à custa da segurança de outro Estado.Em dezembro, Moscou propôs projetos de acordo com a OTAN, entre cujos pontos principais se incluem o não alargamento da Aliança Atlântica para leste e respetivo regresso às fronteiras de 1997, e a não colocação de meios militares na proximidade entre a Rússia e a OTAN.
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'Vamos pelo caminho errado': ex-secretário da Alemanha recorda que OTAN prometeu não se expandir
A Rússia tem impressão 'justificada' de que a OTAN a quer separar da Europa, diz Willy Wimmer, ex-secretário de Estado parlamentar no Ministério da Defesa da Alemanha no período a seguir ao fim da Guerra Fria. Ele crê que a política seguida pela OTAN a partir de 1992 criou um muro nas relações com a Rússia.
A Rússia tem impressão "justificada" de que
a OTAN a quer separar da Europa, diz Willy Wimmer, ex-secretário de Estado parlamentar no Ministério da Defesa da Alemanha no período a seguir ao fim da Guerra Fria. Ele crê que a política seguida pela OTAN a partir de 1992 criou um muro nas relações com a Rússia.
A expansão da OTAN para o Leste Europeu quebra as promessas dadas pela própria aliança, e gera uma sensação de ameaça "justificada" por parte da Rússia, segundo Willy Wimmer, ex-secretário de Estado parlamentar no Ministério da Defesa da Alemanha (1985-1992), em entrevista
publicada no sábado (19) na RT.
Wimmer, que foi vice-presidente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) entre 1994 e 2000, comentou a recente publicação de um documento de 1991 pelo jornal Der Spiegel, que
confirma que a Aliança Atlântica prometeu não se expandir para leste. De acordo com ele, ainda em 1989 ele expôs a Hermut Kohl, então chanceler da Alemanha (1982-1998) "os pontos que entraram na totalidade nos acordos sobre a reunificação" alemã.
"Na época entendíamos muito bem os problemas que enfrentamos hoje, pelo que a Alemanha naquele momento tomou a decisão de recusar o acolhimento de tropas da OTAN no território da antiga República Democrática da Alemanha e limitar [a expansão da OTAN] ao rio Óder", disse o atual político da União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão).
![Bandeira da OTAN em frente do Monumento da Independência em Kiev, Ucrânia, 30 de janeiro de 2022 Bandeira da OTAN em frente do Monumento da Independência em Kiev, Ucrânia, 30 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2022](https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/02/13/21486562_0:410:3071:1638_1920x0_80_0_0_3ffc2ce391bc889f423021130fb9f13d.jpg)
19 de fevereiro 2022, 18:58
Assim, o objetivo central da Alemanha e da Europa na época era "uma abordagem muito cautelosa" em relação ao Leste Europeu e "a cooperação com todos".
"No entanto, a política da Alemanha, e do Ocidente em geral, mudou radicalmente devido à
adopção da Doutrina de Wolfowitz em 1992. Quando Hans-Dietrich Genscher se demitiu como ministro das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha [em 17 de maio desse ano], começou a expansão da OTAN para leste", apontou o ex-secretário de Estado alemão.
Na opinião dele, desde então "temos ido pelo caminho errado, contribuindo à criação na Federação da Rússia de uma impressão bastante justificada de que o Ocidente faz tudo o possível para separar a Rússia da Europa, voltar a erguer um muro entre o mar Báltico e o mar Negro, de que o Ocidente está interessado em destruir a Rússia paulatinamente, em vez de cooperar com este grande país".
Destino pós-Guerra Fria da OTAN
A Rússia tem se insurgido contra o alargamento da OTAN aos antigos membros do antigo bloco do Pacto de Varsóvia desde os anos 1990, considerando isso uma ameaça direta ao país, e contra o espírito das negociações a seguir ao fim da Guerra Fria, apesar da falta de um acordo escrito.
Moscou também tem argumentado que os Estados-membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) acordaram em Istambul, Turquia, em 1999, e em Astana, Cazaquistão, em 2010,
o princípio da indivisibilidade da segurança, ou seja, que nenhum Estado pode adquirir segurança à custa da segurança de outro Estado.
Em dezembro, Moscou propôs projetos de acordo com a OTAN, entre cujos pontos principais se incluem o não alargamento da Aliança Atlântica para leste e respetivo regresso às fronteiras de 1997, e a não colocação de meios militares na proximidade entre a Rússia e a OTAN.