Complexo ritual de pedra 'único' de 9.000 anos é encontrado no deserto da Jordânia (FOTOS)
11:49 23.02.2022 (atualizado: 11:51 23.02.2022)
© AFP 2023 / Autoridade de Antiguidade da JordâniaComplexo ritualístico de 9.000 anos descoberto no deserto da Jordânia
© AFP 2023 / Autoridade de Antiguidade da Jordânia
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O Ministério do Turismo e Antiguidades da Jordânia desvendou nesta terça-feira (22) a descoberta de um complexo ritualístico de 9.000 anos perto do que se pensa ser a mais antiga grande estrutura humana conhecida no mundo.
O sítio foi achado por uma equipe arqueológica conjunta da França e Jordânia no sudeste da região de Badia. Esse sítio apresenta figuras de pedra esculpida, um altar e um modelo em miniatura de uma armadilha de caça em grande escala.
© AFP 2023 / Autoridade de Antiguidade da JordâniaComplexo ritualístico de 9.000 anos descoberto no deserto da Jordânia
Complexo ritualístico de 9.000 anos descoberto no deserto da Jordânia
© AFP 2023 / Autoridade de Antiguidade da Jordânia
O sítio é único, de acordo com o ministério, porque é o local mais antigo conhecido deste tipo no mundo, datando de 7000 a.C.
Pertenceu a uma cultura de caçadores-coletores neolíticos anteriormente desconhecida, que a equipe chamou de Ghassan (denominado em homenagem de Talat Abu Ghassan, um local nas proximidades), cujos membros caçavam usando armadilhas de pedra.
Os arqueólogos encontraram as mais antigas representações conhecidas de armadilhas de pedra no local, consistindo de paredes de pedra que seriam erguidas para capturar as presas.
© AFP 2023 / Autoridade de Antiguidade de JordâniaComplexo ritualístico de 9.000 anos descoberto no deserto da Jordânia
Complexo ritualístico de 9.000 anos descoberto no deserto da Jordânia
© AFP 2023 / Autoridade de Antiguidade de Jordânia
O complexo contém duas figuras humanas em tamanho real que os arqueólogos chamaram de Abu Ghassan e Ghassan.
Além disso, as escavações no local revelaram vários artefatos, incluindo fósseis marinhos, brinquedos de animais, ferramentas "excepcionais" e "fogões" que se acredita terem sido usados na prática de rituais religiosos.
Conforme os arqueólogos, o simbolismo sacral provavelmente visava "invocar as forças sobrenaturais para o sucesso da caça e abundância de presas".