https://noticiabrasil.net.br/20220223/continente-desaparecido-ha-50-milhoes-de-anos-e-descoberto-na-eurasia-21537154.html
Continente desaparecido há 50 milhões de anos é descoberto na Eurásia
Continente desaparecido há 50 milhões de anos é descoberto na Eurásia
Sputnik Brasil
Balcanatólia, como foi chamada a massa terrestre recém-identificada, pode ter sido a porta de entrada da grande quantidade da fauna asiática na Europa, um... 23.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-23T04:59-0300
2022-02-23T04:59-0300
2022-02-23T04:59-0300
ciência e sociedade
arqueologia
descoberta
continente
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/02/17/21536930_0:113:1200:788_1920x0_80_0_0_429cd731c0b36398b714df69df45dcd2.jpg
Uma equipe internacional de cientistas descobriu um continente de terras baixas que existiu há aproximadamente 50 milhões de anos entre Europa, a Ásia e a África.Balcanatólia, como foi batizado, poderia ser a chave para entender a extinção massiva de mamíferos endêmicos e a renovação da fauna vertebrada europeia ocorrida no final do Eoceno, há aproximadamente 34 milhões de anos, em um evento conhecido como a Grande Ruptura de Stehlin, de acordo com o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.De acordo com os pesquisadores, o que hoje é a Europa foi colonizada até o final do Eoceno e início do Oligoceno por uma grande diversidade de espécies de animais provenientes da Ásia, iniciando a extinção da fauna nativa da Europa Ocidental.No entanto, os restos fósseis de mamíferos asiáticos encontrados nos Balcãs, datados entre cinco e 10 milhões de anos antes da Ruptura de Stehlin, sugerem ondas migratórias prévias.Neste contexto, os especialistas compararam as datações de uma série de depósitos paleontológicos descobertos entre o Sudeste da Europa e o Cáucaso, descobrindo que, durante grande parte do Eoceno, a região correspondente aos atuais Balcãs e Anatólia foi habitada por uma fauna terrestre homogênea, porém distinta da Europa e Ásia Oriental, o que sugere a existência de uma massa de terra separada dos continentes vizinhos.As análises dos restos fósseis dos ungulados mais antigos já descobertos na Anatólia indica que a Balcanatólia foi colonizada há 40 milhões de anos por mamíferos asiáticos, embora as condições geopaleográficas que permitiram esta migração continuem sendo desconhecidas.Por outro lado, a Glaciação Antártica, responsável pela formação do solidéu polar, causou a diminuição do nível do mar, unindo o arquipélago com a Europa Ocidental, o que significou o desaparecimento do antigo continente, e permitiu a expansão das espécies asiáticas ao oeste, dando lugar à Grande Ruptura de Stehlin.Além disso, os especialistas afirmam no estudo, publicado na revista Earth-Science Reviews, que a "conectividade passada entre as ilhas individuais dos Balcãs e a existência desta rota de dispersão meridional seguem sendo objeto de debate", já que, argumentam, a história reconstruída até agora "é baseada unicamente nos fósseis dos mamíferos", e por isso, é necessário seguir com as pesquisas para "esboçar uma imagem mais completa da biodiversidade passada da área de estudo".
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2022
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/02/17/21536930_0:0:1200:900_1920x0_80_0_0_5013b2369494fb3f6765ed78ad6403f7.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
arqueologia, descoberta, continente
arqueologia, descoberta, continente
Continente desaparecido há 50 milhões de anos é descoberto na Eurásia
Balcanatólia, como foi chamada a massa terrestre recém-identificada, pode ter sido a porta de entrada da grande quantidade da fauna asiática na Europa, um fenômeno migratório que causou a denominada Grande Ruptura de Stehlin.
Uma equipe internacional de cientistas descobriu um continente de terras baixas que existiu há aproximadamente 50 milhões de anos entre
Europa, a Ásia e a África.
Balcanatólia, como foi batizado, poderia ser a chave para entender a extinção massiva de mamíferos endêmicos e a renovação da fauna vertebrada europeia ocorrida no final do Eoceno, há aproximadamente 34 milhões de anos, em um evento conhecido como a Grande Ruptura de Stehlin,
de acordo com o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.
De acordo com os pesquisadores, o que hoje é a Europa foi colonizada até o final do Eoceno e início do Oligoceno por uma grande diversidade de espécies de animais provenientes da Ásia, iniciando a extinção da fauna nativa da Europa Ocidental.
No entanto, os restos fósseis de mamíferos asiáticos encontrados nos Balcãs, datados entre cinco e 10 milhões de anos antes da Ruptura de Stehlin, sugerem ondas migratórias prévias.
Neste contexto, os especialistas compararam as datações de uma série de depósitos paleontológicos descobertos entre o Sudeste da Europa e o Cáucaso, descobrindo que, durante grande parte do Eoceno, a região correspondente aos atuais Balcãs e Anatólia foi habitada por uma fauna terrestre homogênea, porém distinta da Europa e Ásia Oriental, o que sugere a existência de uma massa de terra separada dos
continentes vizinhos.
As análises dos restos fósseis dos ungulados mais antigos já descobertos na Anatólia indica que a Balcanatólia foi colonizada há 40 milhões de anos por mamíferos asiáticos, embora as condições geopaleográficas que permitiram esta migração continuem sendo desconhecidas.
Por outro lado, a Glaciação Antártica, responsável pela
formação do solidéu polar, causou a diminuição do nível do mar, unindo o arquipélago com a Europa Ocidental, o que significou o desaparecimento do antigo continente, e permitiu a expansão das
espécies asiáticas ao oeste, dando lugar à Grande Ruptura de Stehlin.
Além disso, os especialistas afirmam no estudo,
publicado na revista Earth-Science Reviews, que a "conectividade passada entre as ilhas individuais dos Balcãs e a existência desta rota de dispersão meridional seguem sendo objeto de debate", já que, argumentam, a história reconstruída até agora "é baseada unicamente nos
fósseis dos mamíferos", e por isso, é necessário seguir com as pesquisas para "esboçar uma imagem mais completa da biodiversidade passada da área de estudo".