Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta quarta-feira, 23 de fevereiro
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta quarta-feira (23), marcada pelo cancelamento da reunião entre Blinken e Lavrov, pelas sanções do Ocidente contra Rússia e pelo apoio manifestado a Moscou pelos presidentes de Venezuela e África do Sul.
Democracia é 'inegociável': Fachin toma posse como presidente do TSE
Em cerimônia solene na noite de terça-feira (22), o ministro Edson Fachin assumiu o comando do Tribunal Superior Eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro não estava presente no evento, alegando uma "extensa agenda" para o dia, mas o ministro deu uns recados ao chefe do Executivo, mesmo indiretas. Em seu discurso, Edson Fachin pediu "paz e segurança" nas eleições que vêm e criticou ataques à credibilidade do sistema eleitoral: "As investidas maliciosas contra as eleições constituem, em si, ataques indiretos à própria democracia, tendo em consideração que o circuito desinformativo impulsiona o extremismo. O Brasil merece mais", cita o portal UOL o trecho de sua fala. Fachin vai comandar a Corte até agosto, quando passará a presidência para o ministro Alexandre de Moraes, após quatro anos como integrante da entidade.
© Folhapress / Antonio Molina /FotoarenaMinistro Edson Fachin
Ministro Edson Fachin
© Folhapress / Antonio Molina /Fotoarena
Acionistas da Eletrobras aprovam privatização da estatal
Na terça-feira (22), a assembleia de acionistas aprovou a privatização da Eletrobras, visando reduzir a fatia da União de 70% para 45% assim que a empresa se torne uma corporação de capital pulverizado. A iniciativa apoiada pelos acionistas privados não recebeu, porém, a aprovação dos sindicatos ligados aos empregados da Eletrobras. Além disso, foi aprovada pelo governo a venda das ações da empresa em Itaipu e a cisão da operadora das usinas nucleares de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Com os recursos provenientes da venda de ações, a Eletrobras deverá pagar ao governo federal R$ 32 bilhões para a renovação das outorgas das usinas que opera. Mais R$ 25,3 bilhões serão pagos pela mudança em contratos renovados.
© REUTERS / ADRIANO MACHADOPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia da posse de novo diretor da hidrelétrica em Itaipu, Palácio do Itamaraty, 22 de fevereiro de 2022
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia da posse de novo diretor da hidrelétrica em Itaipu, Palácio do Itamaraty, 22 de fevereiro de 2022
© REUTERS / ADRIANO MACHADO
Administração Biden impõe sanções contra Rússia, seguida por Austrália, Canadá e Japão
Em meio à decisão de Moscou de reconhecer oficialmente a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou ontem (22) um novo pacote de sanções contra o setor financeiro da Rússia. Tendo sido as medidas direcionadas a várias entidades russas, os EUA decidiram ainda sancionar a dívida soberana russa: "Nós estamos implementando sanções à dívida soberana da Rússia. Isso significa que cortamos o governo russo do financiamento pelo Ocidente", conforme explicou Biden. Logo depois, o Pentágono anunciou que 800 militares americanos serão transferidos da Itália para a região do Báltico. Após os EUA, os governos da Austrália, Canadá e Japão também anunciaram sanções contra o Estado russo. Camberra anunciou impor proibições de viagem e sanções financeiras a oito membros do Conselho de Segurança da Federação da Rússia, enquanto Tóquio, além de sanções antirrussas, proibiu o comércio com RPD e RPL e a emissão de vistos a seus representantes. O Canadá, por sua vez, disse ainda que vai transferir 460 soldados adicionais para o Leste Europeu.
© REUTERS / NICK IWANYSHYNManifestante segura cartaz que diz "Sanções contra Rússia" durante ato ao lado do Consultado ucraniano em Toronto, Canadá, 22 de fevereiro de 2022
Manifestante segura cartaz que diz "Sanções contra Rússia" durante ato ao lado do Consultado ucraniano em Toronto, Canadá, 22 de fevereiro de 2022
© REUTERS / NICK IWANYSHYN
Antony Blinken cancela reunião com Sergei Lavrov programada para amanhã
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que não vê qualquer sentido em prosseguir com a reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, nesta semana, ante a escalada do conflito na Ucrânia. A decisão foi declarada durante coletiva de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia ucraniano, Dmitry Kuleba, na terça-feira (22). "Os Estados Unidos e eu pessoalmente permanecemos comprometidos com a diplomacia se a Rússia estiver preparada para tomar medidas demonstráveis e fornecer à comunidade internacional qualquer grau de confiança de que é séria sobre a desescalada e procura de resolução diplomática", confirmou Blinken. Enquanto isso, os ministros das Relações Exteriores do G7 emitiram um comunicado conjunto, divulgado pelo MRE alemão após uma conversa telefônica entre altos diplomatas. O documento condena veementemente o reconhecimento das repúblicas de Donbass pelo Kremlin. Apesar de tudo, a Casa Branca confirma que "a porta para a diplomacia continua aberta" para o lado russo.
© REUTERS / Carolyn KasterSecretário de Estado americano, Antony Blinken, e o chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, durante coletiva de imprensa conjunta em Washington, 22 de fevereiro de 2022
Secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, durante coletiva de imprensa conjunta em Washington, 22 de fevereiro de 2022
© REUTERS / Carolyn Kaster
Presidentes de Venezuela e África do Sul manifestam apoio à decisão da Rússia
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que a Venezuela expressa todo o seu apoio ao presidente russo Vladimir Putin, no contexto da situação em torno da Ucrânia, e defende a procura de soluções diplomáticas. "Observamos os acontecimentos na Rússia e na Ucrânia, mas não só agora, vimos os EUA e a OTAN querer acabar com a Rússia militarmente, pará-la e acabar com este mundo multipolar [...]. A Venezuela sempre estará com Putin e a Rússia [...]. Todo o apoio ao presidente Putin, todo o apoio à Rússia", disse. Maduro declarou ainda o apoio a todas as iniciativas para o diálogo e soluções diplomáticas. Por sua vez, o presidente sul-africano, Faustin-Archange Touadera, disse acreditar que o passo russo "sem dúvida salvará vidas e evitará muita violência. De acordo com a nossa análise, esta decisão visa salvar vida das pessoas".
© REUTERS / LEONARDO FERNANDEZ VILORIAPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante reunião com vice-primeiro-ministro da Rússia, Yury Borisov, em Caracas, 16 de fevereiro de 2022
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante reunião com vice-primeiro-ministro da Rússia, Yury Borisov, em Caracas, 16 de fevereiro de 2022
© REUTERS / LEONARDO FERNANDEZ VILORIA
Washington aprova projeto de construção de complexo militar de US$ 1 bi ao Kuwait
A administração Biden aprovou um projeto de US$ 1 bilhão (R$ 5,06 bilhões) para construir uma nova sede do Ministério da Defesa do Kuwait. Todo o projeto prevê a criação de mais de 20 instalações, inclusive instalações para a liderança civil e militar, tanto como todos os estudos de engenharia, projetos e serviços de construção. "O governo do Kuwait solicitou design, construção e apoio logístico ligados às obras para o Complexo da Sede do Ministério da Defesa do Kuwait. Isso inclui provisões para todos os custos de construção física e de infraestrutura", informou a Agência para Cooperação de Segurança de Defesa norte-americana.