Novas sanções da UE atingirão 70% do setor bancário russo e importantes empresas, diz von der Leyen
02:04 25.02.2022 (atualizado: 17:01 25.02.2022)
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Nesta sexta-feira (25), o Conselho Europeu, órgão da União Europeia (UE), anunciou uma nova rodada de sanções contra a Rússia devido às operações militares em Donbass.
Segundo declaração da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as novas penalizações da UE contra a Rússia atingirão 70% do setor bancário russo e as principais empresas estatais do país, bem como privarão Moscou do acesso a tecnologias modernas.
"Primeiro este pacote inclui sanções financeiras que cortam o acesso da Rússia aos mercados de capitais mais importantes. Estamos agora visando a 70% do mercado bancário russo. Mas também as principais empresas estatais, incluindo o campo da defesa. Essas sanções aumentarão os custos de empréstimos da Rússia, elevarão a inflação e gradualmente vão corroer a base industrial russa", disse von der Leyen após cúpula extraordinária da UE.
Segundo von der Leyen, as medidas anunciadas também privariam a Rússia do acesso a tecnologias vitais, como a de semicondutores.
"Nossa proibição de exportações afetará o petróleo, tornando impossível para a Rússia modernizar suas refinarias, o que deu à Rússia receitas de exportação de € 24 bilhões [cerca de R$ 150 bilhões] em 2019", observou.
© Sputnik / Serviço de imprensa do presidente da Federação da RússiaPresidente da Rússia, Vladimir Putin, durante discurso ao povo, 24 de fevereiro de 2022.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante discurso ao povo, 24 de fevereiro de 2022.
© Sputnik / Serviço de imprensa do presidente da Federação da Rússia
Sanções prévias
Na quarta-feira (23), a União Europeia anunciou sanções contra centenas de indivíduos russos, incluindo figuras proeminentes do governo, como o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
As penalizações foram aplicadas após o reconhecimento por parte de Moscou da independência das repúblicas populares de Lugansk (RPL) e Donetsk (RPD), anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira (21).