Em declaração nesta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial na região de Donbass, onde ficam as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL, respectivamente).
A Defesa russa informou que as Forças Armadas do país não realizam ataques aéreos, de foguetes ou de artilharia contra as cidades da Ucrânia.
As tensões entre os dois países já vinham aumentando nos últimos meses, devido a uma aproximação da Ucrânia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à possibilidade de instalação de poderosos armamentos ocidentais perto das fronteiras russas.
Para Moscou, a possível adesão da Ucrânia à aliança ocidental ultrapassa todos os limites aceitáveis, ameaçando gravemente a segurança russa. Apesar dos diversos apelos diplomáticos feitos pelo Kremlin na tentativa de que os Estados Unidos e seus aliados europeus levassem em conta as preocupações russas ligadas a esse avanço da organização militar liderada por Washington, não foram registrados progressos nas negociações.
A situação se deteriorou nos últimos dias, em meio a uma série de ataques das forças ucranianas contra o leste do país e de declarações polêmicas do governo de Vladimir Zelensky, de que Kiev poderia renunciar a seu status não nuclear, acordado em 1994 no Memorando de Budapeste.