Ucrânia se recusa a negociar com Rússia
17:08 25.02.2022 (atualizado: 05:02 26.02.2022)
© AP Photo / Andy BuchananPresidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, durante seu discurso na abertura da COP26 em Glasgow, Escócia, 1º de novembro de 2021.
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Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores da Rússia (MRE), o lado ucraniano se recusou a negociar com os russos e se ofereceu para retornar à questão no sábado (26).
Embora o Kremlin tenha dito nesta sexta-feira (25) que Vladimir Putin está pronto para enviar uma delegação a Minsk, em Belarus, a fim de negociar com a Ucrânia, Kiev pediu que o assunto fosse retomado no dia seguinte.
Segundo a representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova, "representantes do regime de Kiev propuseram adiar essa questão até amanhã (26)".
© AP Photo / Ministério das Relações Exteriores da RússiaA representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante briefing sobre política externa, em Moscou, na Rússia, em 20 de janeiro de 2022
A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante briefing sobre política externa, em Moscou, na Rússia, em 20 de janeiro de 2022. Foto de arquivo
© AP Photo / Ministério das Relações Exteriores da Rússia
No início do dia (25), Vladimir Zelensky sugeriu ao presidente russo que eles voltassem à mesa de negociações.
A recusa aconteceu durante a entrevista do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, na tarde de hoje (25). Ele disse que os EUA não veem a proposta de Moscou de manter conversações com Kiev em Minsk como "diplomacia real".
De acordo com Maria Zakharova, às autoridades na Ucrânia falta qualquer soberania. A única coisa que elas são capazes de fazer é seguir ordens de além do Atlântico, mesmo assim, "nem sempre com sucesso e certamente contra os interesses do povo ucraniano".
"Esperamos sinceramente que a nação ucraniana se libere do jugo do governo nacionalista, que explora o país nos interesses de jogadores estrangeiros e comece a viver uma vida plena e soberana, respeitando os direitos, liberdades e interesses de todos os seus cidadãos sem discriminação por etnia, língua ou religião", acrescentou.
Ela informou que a chancelaria recebeu a nota do MRE ucraniano sobre o rompimento dos laços diplomáticos com Moscou e sublinhou que isso não foi uma escolha do lado russo, mas "o resultado lógico da política russofóbica intencional das autoridades de Kiev".