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O que Putin quis dizer com 'desnazificação' da Ucrânia e por que é tão importante?
O que Putin quis dizer com 'desnazificação' da Ucrânia e por que é tão importante?
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Durante o anúncio da operação especial militar para proteger as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), o presidente da Rússia, Vladimir Putin... 26.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-26T14:43-0300
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Na ultima quarta-feira (23) com o início da operação especial da Rússia na Ucrânia, após a fala de Vladimir Putin, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, detalhou que "desnazificar" significa libertar a Ucrânia de neonazistas, de seus apoiadores e sua ideologia.Moscou tem avisado repetidamente outros países que os neonazistas tomaram o controle da Ucrânia após o golpe de Estado pró-ocidental, em 2014. No entanto, os países ocidentais têm ignorado as violações de direitos humanos cometidas por Kiev desde então. Fogo na Casa dos Sindicatos Desde que os nacionalistas e neonazistas tomaram ilegalmente o poder na Ucrânia, eles enfrentaram uma oposição do movimento "anti-Maidan", mas um incidente na Odessa, em 2 de maio de 2014, se tornou uma das páginas mais sombrias na história do país. Durante os confrontos de rua entre neonazistas e "anti-Maidan", os manifestantes contrários ao golpe de Estado se refugiaram na sede local dos sindicatos. Seus adversários, apoiados pelas novas autoridades ucranianas, cercaram o prédio e o incendiaram com bombas de gasolina. Centenas de pessoas tentaram desesperadamente escapar do incêndio. Dez morreram ao saltar do segundo e terceiro andares, enquanto outras 32 morreram em decorrência das severas queimaduras ou sufocaram com a fumaça. Ao todo, 250 pessoas ficaram feridas ao tentarem escapar da morte certa, uma vez que os bombeiros só chegaram no local uma hora depois do início do incêndio. Crimes de guerra Além de enviar tropas regulares para bombardear as cidades da RPD e RPL, a nova liderança de Kiev atraiu vários grupos irregulares, os chamados "batalhões de voluntários", muitas vezes compostos por nacionalistas e ex-presidiários, financiados e equipados por empresários ucranianos com conexões com o novo governo. Muitos de seus membros estavam frequentemente envolvidos em crimes de guerra como saques, assassinatos de civis e estupros. Um desses batalhões, apelidado de "Tornado", foi dissolvido em dezembro de 2014 por Kiev após inúmeros relatos de seus crimes, mas seus membros nunca foram processados e muitos deles apenas foram realocados para outros batalhões. A Anistia Internacional, uma organização não governamental sem fins lucrativos, denunciou os crimes de outro conhecido batalhão de voluntários, o "Aidar". Em um deles, homens e mulheres foram amarrados, torturados e executados com tiros na cabeça ou decapitados. No entanto, tais atos permaneceram impunes. Perseguição e assassinato de opositores Os nacionalistas e neonazistas sentados no governo de Kiev também têm uma rica história de crimes e violações de direitos humanos, muitos dos quais meticulosamente reunidos em um "Livro Branco" de 80 páginas publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Em meados de junho de 2014 – menos de cinco meses após a tomada de poder – as novas autoridades ucranianas começaram a infringir os direitos das pessoas de expressar suas opiniões e a liberdade de imprensa, realizando buscas e detenções de manifestantes, jornalistas e impedindo representantes da mídia estrangeira de entrar no país. As novas autoridades de Kiev também não se coibiram de ameaçar, sequestrar e assassinar jornalistas independentes e opositores políticos contrários à guerra contra RPD e RPL. Entre os casos sem solução mais notórios estão o do jornalista ucraniano Oles Buzyna, morto a tiros junto de sua casa, um dia após o assassinato do ex-deputado Oleg Kalashnikov, supostamente pelos mesmos nacionalistas e neonazistas. Discriminação do idioma russoAlém de permitir a impunidade dos crimes de guerra e perseguir seus opositores, a liderança ucraniana muitas vezes encorajou em todo o país a discriminação contra tudo o que fosse relacionado à Rússia ou à língua russa. A política discriminatória se materializou, por exemplo, nos pedidos relativamente inofensivos para as pessoas não comprarem produtos russos; na demissão de acadêmicos russos que ensinavam literatura russa e na detenção de viajantes de língua russa sem qualquer fundamento legal. Para além disso, eram desenhadas suásticas em memoriais da Segunda Guerra Mundial e das vítimas do holocausto e, nas marchas neonazistas havia palavras de ordem para "matar os russos" que vivem na Ucrânia. A lista completa dos crimes cometidos pelos líderes nacionalistas de Kiev ao longo desses oito anos estão detalhadas no Livro Branco.
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O que Putin quis dizer com 'desnazificação' da Ucrânia e por que é tão importante?
14:43 26.02.2022 (atualizado: 07:12 02.05.2022) Durante o anúncio da operação especial militar para proteger as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que seu objetivo era "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia.
Na ultima quarta-feira (23) com o início da
operação especial da Rússia na Ucrânia, após a fala de Vladimir Putin, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov,
detalhou que "desnazificar" significa libertar a Ucrânia de neonazistas, de seus apoiadores e sua ideologia.
Moscou tem avisado repetidamente outros países que os
neonazistas tomaram o controle da Ucrânia após o
golpe de Estado pró-ocidental, em 2014. No entanto, os países ocidentais têm ignorado as violações de direitos humanos cometidas por Kiev desde então.
26 de fevereiro 2022, 09:45
Fogo na Casa dos Sindicatos
Desde que os
nacionalistas e neonazistas tomaram ilegalmente o poder na Ucrânia, eles enfrentaram uma oposição do movimento "anti-Maidan", mas um incidente na Odessa, em 2 de maio de 2014, se tornou
uma das páginas mais sombrias na história do país.
Durante os confrontos de rua entre neonazistas e "anti-Maidan", os manifestantes contrários ao golpe de Estado se refugiaram na sede local dos sindicatos. Seus adversários, apoiados pelas novas autoridades ucranianas, cercaram o prédio e o incendiaram com bombas de gasolina. Centenas de pessoas tentaram desesperadamente escapar do incêndio.
Dez morreram ao saltar do segundo e terceiro andares, enquanto outras
32 morreram em decorrência das severas queimaduras ou sufocaram com a fumaça. Ao todo, 250 pessoas ficaram feridas ao tentarem
escapar da morte certa, uma vez que os bombeiros só chegaram no local uma hora depois do início do incêndio.
Além de enviar tropas regulares para
bombardear as cidades da RPD e RPL, a nova liderança de Kiev atraiu vários grupos irregulares, os chamados "batalhões de voluntários", muitas vezes compostos por nacionalistas e ex-presidiários, financiados e equipados por empresários ucranianos com conexões com o
novo governo.
Muitos de seus membros estavam frequentemente envolvidos em crimes de guerra como saques, assassinatos de civis e estupros. Um desses batalhões, apelidado de "Tornado", foi dissolvido em dezembro de 2014 por Kiev após inúmeros relatos de seus crimes, mas seus membros nunca foram processados e muitos deles apenas foram realocados para outros batalhões.
A Anistia Internacional, uma organização não governamental sem fins lucrativos, denunciou os crimes de outro conhecido batalhão de voluntários, o "Aidar". Em um deles, homens e mulheres foram amarrados, torturados e executados com tiros na cabeça ou decapitados. No entanto, tais atos permaneceram impunes.
26 de fevereiro 2022, 06:04
Perseguição e assassinato de opositores
Os nacionalistas e neonazistas sentados no governo de Kiev também têm uma rica história de crimes e violações de direitos humanos, muitos dos quais meticulosamente reunidos em um "Livro Branco" de 80 páginas publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Em meados de junho de 2014 – menos de cinco meses após a tomada de poder – as novas autoridades ucranianas começaram a
infringir os direitos das pessoas de
expressar suas opiniões e a liberdade de imprensa, realizando buscas e detenções de manifestantes, jornalistas e impedindo
representantes da mídia estrangeira de entrar no país.
As novas autoridades de Kiev também não se coibiram de ameaçar, sequestrar e assassinar jornalistas independentes e opositores políticos contrários à guerra contra RPD e RPL. Entre os casos sem solução mais notórios estão o do jornalista ucraniano Oles Buzyna, morto a tiros junto de sua casa, um dia após o assassinato do ex-deputado Oleg Kalashnikov, supostamente pelos mesmos nacionalistas e neonazistas.
Discriminação do idioma russo
Além de permitir a impunidade dos crimes de guerra e perseguir seus opositores, a liderança ucraniana muitas vezes encorajou em todo o país a discriminação contra tudo o que fosse relacionado à Rússia ou à língua russa.
A política discriminatória se materializou, por exemplo, nos pedidos relativamente inofensivos para as pessoas não comprarem produtos russos; na demissão de acadêmicos russos que ensinavam literatura russa e na detenção de viajantes de língua russa sem qualquer fundamento legal.
Para além disso, eram
desenhadas suásticas em memoriais da Segunda Guerra Mundial e das vítimas do holocausto e, nas marchas neonazistas havia palavras de ordem para
"matar os russos" que vivem na Ucrânia.
A lista completa dos crimes cometidos pelos líderes nacionalistas de Kiev ao longo desses oito anos estão detalhadas no Livro Branco.