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Moscou não tem planos de ocupar a Ucrânia, diz enviado da Rússia à ONU

© REUTERS / Carlo AllegriEm Nova York, o representante da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, participa de reunião do Conselho de Segurança da ONU, em 21 de fevereiro, em 2022
Em Nova York, o representante da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, participa de reunião do Conselho de Segurança da ONU, em 21 de fevereiro, em 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.02.2022
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Segundo representante da Rússia na ONU, Moscou realiza operação especial a fim de proteger as pessoas que foram submetidas a abusos na região de Donbass ao longo dos últimos oito anos. Entretanto, a Rússia não tem intenção de ocupar a Ucrânia.
Nesta segunda-feira (28), o representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, disse que Moscou não tem planos de "ocupar" a Ucrânia, e que as forças russas não representam nenhuma ameaça aos civis ucranianos ou à infraestrutura civil.
"A ocupação da Ucrânia não faz parte dos nossos planos. O objetivo desta operação especial é proteger as pessoas que foram submetidas a abusos e genocídios pelo regime de Kiev durante oito anos. Para isso, é necessário desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia", afirmou Nebenzya na Assembleia Geral da Nações Unidas.
De acordo com Nebenzya, a operação militar incluiu o exercício do direito de autodefesa de Moscou "contra um regime que procurou restaurar o acesso a armas nucleares".
Quando declara tal fato, o representante se refere às afirmações do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, na Conferência de Segurança de Munique em 19 de fevereiro, na qual ele ameaçou revisar o status não nuclear de Kiev.
"Quero enfatizar o seguinte: a raiz da crise atual está nas ações da própria Ucrânia. Por muitos anos, ela sabotou e desprezou suas obrigações sob o pacote de medidas de Minsk", disse Nebenzya, referindo-se aos Acordos de Minsk de 2015.
Ao longo de suas declarações, o representante explicou que para a situação não ter chegado a uma operação militar especial, era necessário era o diálogo direto, conforme estabelecido no documento entre as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
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"Recentemente, muito recentemente, havia a esperança de que Kiev reconsiderasse e cumprisse o que assinou em 2015. Para isso, em primeiro lugar, o que era necessário era o diálogo direto, conforme estabelecido no documento entre Donetsk e Lugansk. A última confirmação da liderança sênior do país foi que a Ucrânia não estava disposta a se engajar nesse diálogo, não estava disposta a tomar medidas para conceder status especial a Donbass, conforme estabelecido nos Acordos de Minsk, e isso foi ativamente apoiado pelos patronos ocidentais de Kiev. Isso definitivamente nos convenceu do fato de que não tínhamos mais o direito de permitir que os moradores de Donbass sofressem mais."
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Ao mesmo tempo, Nebenzya diss que "nos esforçaremos para levar à justiça aqueles que cometeram numerosos e sangrentos crimes contra civis, incluindo cidadãos da Federação da Rússia".
O embaixador russo também comentou sobre os papéis de Washington e da OTAN na escalada do conflito ucraniano, dizendo que "a implantação da infraestrutura da OTAN na [Ucrânia] nos forçaria a tomar medidas de retaliação que colocariam a Rússia e a OTAN à beira do conflito".
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