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Ex-premiê da Ucrânia duvida que Zelensky possa controlar os radicais em seu país

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensParticipantes de marcha nacionalista dedicada ao 76º aniversário do Exército Insurgente da Ucrânia (organização extremista proibida na Rússia), em Kiev.
Participantes de marcha nacionalista dedicada ao 76º aniversário do Exército Insurgente da Ucrânia (organização extremista proibida na Rússia), em Kiev. - Sputnik Brasil, 1920, 05.03.2022
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O ex-primeiro-ministro ucraniano Nikolai Azarov (2010-2014) mostrou-se cético quanto às perspectivas de um diálogo direto entre Vladimir Putin e Vladimir Zelensky, alegando que este não controla radicais no Exército da Ucrânia.
Após esclarecer que não se opõe às negociações entre Moscou e Kiev, Azarov disse à Sputnik que não tem certeza "se os (ultra)nacionalistas e os (neo)nazistas que se infiltraram em todos os destacamentos militares do regime de Kiev obedecerão às ordens de Zelensky".
Mais cedo, Zelensky se ofereceu para se sentar com Putin e discutir questões de interesse de Moscou, particularmente a situação em Donbass e os direitos da comunidade russa na Ucrânia.
© REUTERS / Maxim ZmeyevEx-primeiro-ministro da Ucrânia Nikolai Azarov
Ex-primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov - Sputnik Brasil, 1920, 05.03.2022
Ex-primeiro-ministro da Ucrânia Nikolai Azarov. Foto de arquivo
Em uma série de publicações em suas redes sociais, o ex-premiê afirmou que a Rússia "decidiu restaurar a ordem na Ucrânia para evitar uma Terceira Guerra Mundial" e um ataque a seu território.

"Para evitar uma Terceira Guerra Mundial e um ataque à Rússia com uso de armas nucleares, o governo russo tomou a decisão de controlar essa situação e restaurar a ordem na Ucrânia", escreveu.

De acordo com Nikolai Azarov, as tropas ucranianas sob a liderança de batalhões nacionalistas estavam se preparando para iniciar uma operação militar em Donbass em 25 de fevereiro.
Ele ainda disse que no verão de 2022 (inverno no Hemisfério Sul) a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) planejava acordar a introdução de forças na Ucrânia e até o fim do ano provocar um conflito nuclear com a Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 24 de fevereiro o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia, alegando que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, precisavam de ajuda diante do "genocídio" por parte de Kiev.
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Um dos objetivos fundamentais da ação, segundo Putin, é a "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia.
O chefe de Estado russo pediu aos uniformizados e civis na Ucrânia que não resistissem à operação e alertou que a Rússia responderia imediatamente a qualquer força externa que a ameaçasse ou atrapalhasse.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.
Na última quinta-feira (3), a pasta revelou que 498 soldados russos foram mortos e 1.597 feridos desde o início da operação especial; as baixas militares do lado ucraniano, segundo a mesma fonte, são de mais de 2.870 mortos e cerca de 3.700 feridos.
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