Ministério da Defesa da Rússia relata progressos no 16º dia de operação especial na Ucrânia
18:46 11.03.2022 (atualizado: 06:01 14.03.2022)
© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério da Defesa da RússiaMilitares russos transportam tanque T-64 para fora de base abandonada das Forças Armadas da Ucrânia.
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A Rússia avançou mais 11 quilômetros em sua ofensiva no âmbito da operação militar especial na Ucrânia, informou o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.
"As Forças Armadas da Federação da Rússia, avançando na ofensiva em uma frente ampla, chegaram à linha de três cidades no sudeste da Ucrânia. O avanço foi de 11 quilômetros", disse Igor Konashenkov em entrevista coletiva nesta sexta-feira (11).
Konashenkov acrescentou que as tropas da República Popular de Donetsk (RPD), apoiadas pelo fogo das Forças Armadas russas, avançaram oito quilômetros e tomaram a cidade de Volnovakha.
Ele ainda disse que as forças da RP de Donetsk também passaram a controlar os povoados de Olginka, Velika-Anadol, Zeleny Gai, e avançaram para o interior cerca de seis quilômetros.
© AFP 2023 / Ministério da Defesa da RússiaRepresentante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, durante filmagem divulgada pela pasta em 27 de fevereiro de 2022.
Representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, durante filmagem divulgada pela pasta em 27 de fevereiro de 2022.
© AFP 2023 / Ministério da Defesa da Rússia
Segundo Konashenkov, "as unidades da Milícia Popular da República de Donetsk continuam apertar o cerco em torno de Mariupol. O avanço geral nas direções leste, norte e oeste foi de até 800 metros".
O major-general voltou a afirmar que o "regime" ucraniano distribui "de forma descontrolada" sistemas de defesa aérea portáteis recebidos de países europeus e dos Estados Unidos, "criando uma ameaça de longo prazo de ataques terroristas contra aeronaves civis".
"No total, 3.346 instalações da infraestrutura militar da Ucrânia foram desativadas durante a operação. 121 UAVs [veículos aéreos não tripulados] e 1.067 tanques e outros veículos blindados de combate foram destruídos", disse o representante, fazendo um balanço da ação até agora.
Ele ainda alertou que os centenas de mercenários europeus ingressando em fileiras "neo-nazistas" representam um perigo. O porta-voz observou que desde o início da operação especial os militares russos coletaram "um grande número de sistemas portáteis", de diferentes tipos.
"Os militares russos continuarão a procurar e remover os sistemas de defesa aérea portáteis deixados pelos nacionalistas, para evitar que essas armas mortais caiam nas mãos de terroristas e depois sejam retiradas da Ucrânia", enfatizou.
Segundo Konashenkov, na quinta-feira (10), na região de Kherson, mísseis Igla foram apreendidos, após serem abandonados em suas caixas, com outras armas e munições. Pertenciam a nacionalistas ucranianos, que se retiraram às pressas de suas posições.
© Sputnik / Vitaly Timkiv / Acessar o banco de imagensSistema portátil de lançamento de mísseis terra-ar Igla nas competições militares Céu Limpo 2019.
Sistema portátil de lançamento de mísseis terra-ar Igla nas competições militares Céu Limpo 2019.
© Sputnik / Vitaly Timkiv
/ "Três UAVs, incluindo dois Bayraktar TB-2, foram abatidos no ar durante o dia", detalhou.
Por fim, ele especificou que o Exército da Rússia destruiu 82 alvos das Forças Armadas da Ucrânia, incluindo quatro postos de controle e um centro de comunicações, três sistemas de mísseis antiaéreos — um S-300, um Buk-M1 e um Osa —, três munições armazéns, bem como 63 locais de acumulação para veículos militares.
© Sputnik / Aleksandr Vilf / Acessar o banco de imagensSistema de defesa antimíssil Buk-M1, Rússia (foto de arquivo).
Sistema de defesa antimíssil Buk-M1, Rússia (foto de arquivo).
© Sputnik / Aleksandr Vilf
/ O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na madrugada de 24 de fevereiro o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia , justificando que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, precisavam de ajuda diante do "genocídio" promovido por Kiev.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.