China pede aos EUA que 'reflitam profundamente sobre seu papel' na crise da Ucrânia
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Pequim afirmou que "EUA, às vezes, criam e divulgam informações falsas, que são antiprofissionais, antiéticas e irresponsáveis".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, voltou a negar em entrevista coletiva nesta terça-feira (15) as informações divulgadas por vários meios de comunicação ocidentais sobre o envolvimento de Pequim na operação especial militar da Rússia na Ucrânia e instou Washington a refletir sobre seu próprio papel na situação, segundo mídia local.
Na segunda-feira (14), o Financial Times informou, citando autoridades dos EUA, que a Rússia supostamente teria pedido apoio à China para sua operação especial na Ucrânia em forma de "equipamento militar e outros tipos de assistência". Enquanto isso, o The New York Times publicou que Moscou também teria solicitado "ajuda econômica adicional", além de "equipamento e apoio militar".
Questionado sobre essas publicações, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês lembrou que o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, rejeitou tais afirmações na segunda-feira (14) e alertou que os relatos não devem ser considerados vindos de fontes confiáveis.
"Os EUA, às vezes, criam e divulgam informações falsas, que são antiprofissionais, antiéticas e irresponsáveis. Por meio dessas ações, eles só desacreditarão ainda mais os EUA no mundo", enfatizou Zhao.
Segundo o porta-voz chinês, o que Washington deveria fazer é "refletir profundamente sobre seu próprio papel no desenvolvimento da crise na Ucrânia" e fazer "algo realmente prático para aproximar a situação da desescalada".
Ainda na segunda-feira (14), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China sublinhou que seu país está disposto a desempenhar um papel construtivo na resolução da crise.