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FMI: crise na Ucrânia afetará toda a economia global, incluindo Brasil e EUA

© REUTERS / Mike BlakeEm Los Angeles, nos EUA, contêineres são empilhados em porto local, em 22 de novembro de 2021.
Em Los Angeles, nos EUA, contêineres são empilhados em porto local, em 22 de novembro de 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 15.03.2022
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Nesta terça-feira (15), o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que toda a economia global enfrentará as consequências da crise na Ucrânia, incluindo crescimento mais lento e inflação mais rápida.
As previsões da instituição foram publicadas em um comunicado em seu próprio site e apontam uma provável alta generalizada de preços.

"O conflito é um grande golpe para a economia global que prejudicará o crescimento e aumentará os preços", diz o artigo, escrito por Alfred Kammer, Jihad Azour, Abebe Aemro Selassie, Ian Goldfajn e Changyong Rhee. "Além do sofrimento e da crise humanitária da invasão da Ucrânia pela Rússia, toda a economia global sentirá os efeitos do crescimento mais lento e da inflação mais rápida", acrescenta o documento.

Os autores explicaram que os impactos financeiros fluirão por três canais principais, incluindo o aumento da inflação.

"Primeiro, os preços mais altos de commodities como alimentos e energia vão aumentar ainda mais a inflação, por sua vez corroendo o valor da renda e pesando sobre a demanda", diz o texto.

O artigo também sugere como o atual quadro vai gerar problemas de comércio entre economias vizinhas e reduzir a confiança de investidores e empresas, com reflexo direto no aumento de preços, no rebaixamento de condições fiscais e na fuga de capitais de mercados emergentes.
© REUTERS / Aly SongBandeiras chinesas tremulam perto de contentores do Porto de Águas Profundas de Yangshan, em Xangai, China, 13 de janeiro de 2022.
Bandeiras chinesas tremulam perto de contentores do Porto de Águas Profundas de Yangshan em Xangai, China, 13 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.03.2022
Bandeiras chinesas tremulam perto de contentores do Porto de Águas Profundas de Yangshan, em Xangai, China, 13 de janeiro de 2022.

Inflação no Brasil e nos EUA

O alerta do FMI aponta ainda consequências graves para as economias emergentes na América Latina e no Caribe. Segundo o documento, o aumento dos preços de alimentos e energia serão o principal motivo de turbulência. No Brasil, a crescente alta dos combustíveis já é notada nos postos.

"Os altos preços das commodities provavelmente vão acelerar a inflação de forma significativa na América Latina e no Caribe, que já enfrentam uma taxa média anual de 8% em cinco das maiores economias: Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru. Os bancos centrais podem ter que defender ainda mais a credibilidade no combate à inflação", prevê.

© AP Photo / Manuel Balce CenetaPreços da gasolina em destaque num posto de combustível no noroeste de Washington, EUA.
Os preços da gasolina são vistos em um posto de combustível no noroeste de Washington, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 15.03.2022
Preços da gasolina em destaque num posto de combustível no noroeste de Washington, EUA.
A instituição também se dirige aos EUA, que experimentam em igual medida um aumento no preço dos combustíveis. Segundo o Fundo Monetário Internacional, mesmo tendo poucas ligações diretas com as economias de Rússia e Ucrânia, a inflação norte-americana será afetada.

"Os EUA têm poucas ligações com a Ucrânia e a Rússia, o que dilui os efeitos, mas a inflação, que já estava no maior patamar em quatro décadas antes da guerra, impulsionou o preço das commodities. Isso significa que os preços podem continuar subindo enquanto o Federal Reserve [o banco central do país] começa a aumentar os juros."

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