Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 15 de março
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando os destaques desta terça-feira (15), marcada pelo reinício das negociações Kiev-Moscou após pausa técnica, pela declaração de Psaki que sanções antirrussas abalaram economia da Rússia e pela carta pública de senadores republicanos que prometem bloquear novo acordo nuclear com o Irã.
Em vídeo, Lula é associado a ditadores por apoiar ideia de desarmamento
Um vídeo publicado pelo chefe de gabinete da Secretaria Especial da Cultura, Raphael Azevedo, mostra a imagem do ex-presidente Lula entre as fotos de ditadores mundialmente conhecidos, como Adolf Hitler, Benito Mussolini e Josef Stalin. Cada imagem leva a legenda "desarmamentistas" e a quantidade de pessoas executadas. O último slide, que retrata o petista, diz que no decorrer de seu governo houve o assassinato de mais de 60 mil civis, "número superior ao de muitas guerras", acrescenta a gravação. De acordo com o autor do vídeo, Lula teria "transformado o país na 12ª nação mais violenta do mundo" por conta do apoio ao desarmamento.
MP solicita que TCU apure interferências do presidente Bolsonaro na Petrobras
Na segunda-feira (14), o Ministério Público enviou um pedido ao Tribunal de Contas da União para que o órgão investigasse possível interferência do governo de Jair Bolsonaro na Petrobras e na política de preços da estatal. O subprocurador Lucas Rocha Furtado enumerou na procuração as declarações do chefe do Executivo brasileiro que teriam suscitado interferências diretas na cotação das ações da petroleira na bolsa de valores, de acordo com o Correio Braziliense. Segundo ele, a interferência governamental tem ferido a autonomia da Petrobras e a investigação seria necessária para garantir a independência da companhia. Após ser analisada pela equipe técnica do TCU, a solicitação pode ser levada ao plenário da Corte.
Após pausa técnica, continuam negociações entre Kiev e Moscou
Na segunda-feira (14), começou a quarta rodada de negociações entre os delegados de Moscou e Kiev, que ocorreu em formato de videoconferência. Como resultado, um dos negociadores ucranianos, Mikhail Podolyak, anunciou que as partes deram uma "pausa técnica", para continuar a discussão na terça-feira (15). O assessor do chefe do gabinete do presidente Vladimir Zelensky, Aleksei Arestovich, sugere que a Rússia e a Ucrânia possam celebrar um acordo de paz no decorrer de algumas semanas. "Acho que até maio, início de maio, nós muito provavelmente devemos alcançar um acordo de paz, e pode ser ainda mais cedo. Vamos ver, trato do prazo máximo. [...] Agora ou em uma semana ou duas haverá um acordo de paz com a retirada de tropas e todo o resto", opinou. Enquanto isso, o presidente ucraniano encaminhou à Rada Suprema, parlamento do país, um decreto para estender a lei marcial na Ucrânia para mais 30 dias, a partir de 26 de março.
© Sputnik / Maksim GuchekBandeiras russa e ucraniana na mesa antes das negociações Kiev-Moscou em Belarus, 7 de março de 2022
Bandeiras russa e ucraniana na mesa antes das negociações Kiev-Moscou em Belarus, 7 de março de 2022
© Sputnik / Maksim Guchek
Psaki diz que EUA 'abalaram completamente' economia russa
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, declarou ontem (14) que os Estados Unidos, com seus aliados, destruíram a economia da Rússia por meio das sanções impostas devido à operação militar russa na Ucrânia. "Qual será o fim do jogo é uma pergunta para o presidente Putin. Nós abalamos completamente sua economia. Nós prestamos apoio militar e humanitário aos ucranianos, dando-lhes a possibilidade de lutar por mais tempo do que sugeria a liderança russa", disse Psaki em briefing. Mesmo assim, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmou na segunda-feira (14) que as sanções antirrussas terão um impacto maior no PIB global do que o próprio conflito: "Eu acho que um impacto ainda maior para o PIB global corresponde às próprias sanções da Rússia", disse durante a videoconferência com o The Washington Post. Ele afirmou também que se Moscou encontrar um caminho para terminar o conflito na Ucrânia, a comunidade internacional será capaz de decidir o que fazer com a Rússia.
EUA se preocupam com alinhamento China-Rússia, diz Sullivan
Os Estados Unidos têm profundas preocupações com a aproximação chinesa da Rússia, disse o assessor da Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, ao diretor do gabinete do Comitê das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi. Os dois se reuniram em Roma, Itália, na segunda-feira (14). "Nós realmente temos profundas preocupações com o alinhamento da China com a Rússia neste momento e o assessor de Segurança Nacional foi direto em [expressar] essas preocupações e as implicações e consequências potenciais de certas ações", segundo o comunicado. Além disso, durante a reunião, os lados abordaram a Coreia do Norte e acordaram intensificar as conversações sobre o assunto brevemente. "Os dois lados discutiram a República Popular Democrática da Coreia porque essa também é uma situação em escalada que exige a nossa atenção", disse um funcionário da Casa Branca.
© REUTERS / GUGLIELMO MANGIAPANEMembros da delegação chinesa em Roma, Itália, durante conversações entre o assessor da Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, e o diretor do gabinete do Comitê das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, 14 de março de 2022
Membros da delegação chinesa em Roma, Itália, durante conversações entre o assessor da Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, e o diretor do gabinete do Comitê das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, 14 de março de 2022
© REUTERS / GUGLIELMO MANGIAPANE
Senadores republicanos prometem bloquear acordo nuclear com Irã
Os senadores republicanos, com exceção de Rand Paul, assinaram uma carta declarando oposição ao acordo nuclear que a administração Biden busca fechar com Teerã. Segundo o comunicado, 49 republicanos declararam que "vão bloquear e anular qualquer novo acordo com o Irã que enfraqueça as sanções e imponha menos restrições ao programa nuclear iraniano do que o acordo original". A carta surgiu em meio aos relatos de que a administração Biden planeja fechar o acordo que prevê o alívio de sanções para a nação islâmica em troca de "limitações meramente a curto prazo no programa nuclear do Irã". "A administração parece ter concordado em cancelar as sanções que nem sequer foram impostas ao Irã por suas atividades nucleares em primeiro lugar, mas em vez disso devido a seu apoio permanente ao terrorismo e às suas graves violações dos direitos humanos", acrescenta a carta. Os senadores alegaram que um novo acordo muito provavelmente vai aprofundar as relações financeiras e de segurança iranianas com Moscou e Pequim, inclusive através da venda de armas.