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Lula diz ter preocupação com possível atentado durante as eleições e associa Bolsonaro a milicianos

© REUTERS / Edgard GarridoO ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva gesticula durante um discurso durante uma reunião com senadores do partido governista MORENA, no prédio do Senado do México, na Cidade do México, México, 3 de março de 2022
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva gesticula durante um discurso durante uma reunião com senadores do partido governista MORENA, no prédio do Senado do México, na Cidade do México, México, 3 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.03.2022
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Lula acredita que pode sofrer uma possível tentativa de assasinato, mas afirma que "fará sua campanha na rua" mesmo assim. O petista ainda declarou que "o negócio de Bolsonaro é a relação apodrecida dele com uma parte dos milicianos desse país".
Para o ex-presidente Lula, por conta das eleições deste ano, sua vida pode estar em risco.
O petista declarou tal preocupação durante entrevista à rádio Espinharas ontem (15), quando foi lembrado que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse ao UOL que não duvidava da possibilidade de grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) tentarem assassiná-lo durante a corrida eleitoral de 2022.

"Eu tenho preocupação [com uma possível tentativa de assassinato], mas como sou uma pessoa de muita fé e de muita crença, acho que o que vai acontecer é que o povo brasileiro vai reestabelecer a democracia. Vai ser a morte política de Bolsonaro pelas mãos dos eleitores", disse.

No entanto, mesmo com a suposta tentativa de atentado contra sua vida, o ex-presidente afirmou que vai às ruas fazer sua campanha.

"Vou fazer a campanha que eu sei fazer: a de rua, ou seja, conversar com as pessoas, vender as propostas para o país. Não vou fazer o baixo nível do Bolsonaro, não vou fazer fábrica de fake news. Que ele faça o jogo rasteiro que ele quiser."

Na mesma entrevista, Lula também relacionou o atual presidente a milicianos, e declarou que o mandatário é incapaz "de fazer um gesto para a Educação".
"Todo mundo sabe o tipo de político que é o Bolsonaro. Um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para a Educação, um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para combater a pandemia, até hoje ele não acredita na vacina […]. O negócio dele é a relação apodrecida com uma parte dos milicianos desse país, que, quem sabe, foram os que mataram a Marielle [Franco]", afirmou.
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No final de fevereiro, o petista se mudou de São Bernardo do Campo para São Paulo por "questões de segurança" após sofrer pressão de amigos, de sua assessoria e de lideranças do PT que, preocupados, tentavam convencê-lo a morar em um local mais protegido, segundo o Correio Braziliense.
Até o momento, o ex-presidente ainda é líder nas sondagens de intenções de voto, entretanto, a diferença entre ele e Bolsonaro diminuiu pouco.
De acordo com a mais recente pesquisa, divulgada hoje (16) pela Genial Investimentos e citada pelo UOL, Lula mantém a liderança com 44% das intenções de voto no primeiro turno. O presidente, Jair Bolsonaro, aparece em segundo lugar, porém cresceu de 23% para 26% entre as duas últimas apurações.
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