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Em busca de cadeira no Senado, futuro apoio de Mourão a Bolsonaro é incerto, dizem analistas
Em busca de cadeira no Senado, futuro apoio de Mourão a Bolsonaro é incerto, dizem analistas
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O vice-presidente Hamilton Mourão se filiou ao partido Republicanos e lançou sua pré-candidatura ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul, seu estado natal. A... 17.03.2022, Sputnik Brasil
2022-03-17T16:24-0300
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Sem experiência política anterior, o vice-presidente lançou-se na política em 2018, após filiar-se ao PRTB e ser escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para compor sua chapa. Militar de carreira, o general Antonio Hamilton Martins Mourão tornou-se conhecido em 2017, após defender um golpe militar em um evento maçônico. À época, a fala repercutiu e foi repreendida pelo comando do Exército, mas abraçada por Bolsonaro, então deputado federal pelo PSC.Em 2015, Mourão já havia mostrado outro ponto em comum com seu futuro parceiro de chapa ao prestar homenagem póstuma ao torturador da Ditadura Militar Carlos Alberto Brilhante Ustra, o que fez Mourão ser removido do Comando Militar do Sul (CMS).Apesar da aparente afinidade, o vínculo entre Mourão e Bolsonaro desde a vitória na eleição presidencial de 2018 se deteriorou a olhos vistos. Em diversos momentos os dois políticos estiveram publicamente em lados opostos. Para o cientista político Victor Leandro, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), essa relação "tensa e conturbada" deixou evidente que Bolsonaro não pretende repetir a chapa nas eleições deste ano.Desempenho 'pífio' e comportamento 'submisso'Para Luciano Cerqueira, pesquisador associado do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o desempenho do general na vice-presidência foi "pífio" e "submisso" a Bolsonaro.Para salientar esse papel de Mourão, o professor lembra da função ativa de José Alencar na construção de pontes com empresários quando foi vice-presidente dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre 2003 e 2010.O cientista político Marcus Ianoni, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), também cita um governo do PT, o de Dilma Rousseff, para salientar o que classifica como histórico brasileiro de rivalidade entre presidente e vice-presidente — no caso, referindo-se a Michel Temer (MDB). Para Ianoni, mesmo com o passado militar comum, Mourão e Bolsonaro "não se entenderam bem".Em meio aos atritos, apoio de Mourão a Bolsonaro é incertoPara o cientista político Marcus Ianoni, os interesses do novo partido do vice-presidente brasileiro serão um fator relevante em um eventual apoio de Mourão a Bolsonaro, uma vez que o Republicanos compõe o chamado centrão.Já o pesquisador Luciano Cerqueira, acredita que mesmo que Mourão seja eleito senador, o vice-presidente não faria oposição a um eventual novo governo Bolsonaro. Segundo ele, apesar das diferenças evidenciadas nos últimos anos, ambos mantêm proximidade ideológica e política.Conforme levantamento publicado pela CNN, há pelo menos sete pré-candidatos ao Senado no Rio Grande do Sul. O senador Lasier Martins (Podemos), deve tentar reeleição. A ex-senadora Ana Amélia Lemos deve se filiar ao PSD para tentar voltar ao Senado. O ex-governador José Ivo Sartori (MDB) também deve concorrer. Além deles, o deputado federal Paulo Pimenta (PT) e a ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB) também devem concorrer à única vaga gaúcha ao Senado.
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Em busca de cadeira no Senado, futuro apoio de Mourão a Bolsonaro é incerto, dizem analistas
16:24 17.03.2022 (atualizado: 07:55 18.03.2022) Especiais
O vice-presidente Hamilton Mourão se filiou ao partido Republicanos e lançou sua pré-candidatura ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul, seu estado natal. A Sputnik Brasil ouviu três especialistas sobre o assunto, que ponderaram o papel do vice-presidente no governo e um eventual apoio de Mourão a Bolsonaro em caso de êxito eleitoral.
Sem experiência política anterior, o vice-presidente lançou-se na política em 2018, após filiar-se ao PRTB e ser escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para compor sua chapa. Militar de carreira, o general Antonio Hamilton Martins Mourão tornou-se conhecido em 2017, após defender um golpe militar em um evento maçônico. À época, a fala repercutiu e foi repreendida pelo comando do Exército, mas abraçada por Bolsonaro, então deputado federal pelo PSC.
Em 2015, Mourão já havia mostrado outro ponto em comum com seu futuro parceiro de chapa ao prestar homenagem póstuma ao torturador da Ditadura Militar Carlos Alberto Brilhante Ustra, o que fez Mourão ser removido do Comando Militar do Sul (CMS).
Apesar da aparente afinidade, o
vínculo entre Mourão e Bolsonaro desde a vitória na eleição presidencial de 2018 se
deteriorou a olhos vistos. Em diversos momentos os dois políticos estiveram publicamente em lados opostos. Para o cientista político Victor Leandro, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), essa relação "tensa e conturbada" deixou evidente que Bolsonaro
não pretende repetir a chapa nas eleições deste ano.
"Não faz realmente o menor sentido Bolsonaro insistir em uma relação que desde o início não se mostrou muito fértil. Então, a escolha do vice vai ter um componente especial nesse ambiente ainda nebuloso de articulações e negociações para a composição de chapa", afirma o pesquisador em entrevista à Sputnik Brasil.
Desempenho 'pífio' e comportamento 'submisso'
Para Luciano Cerqueira, pesquisador associado do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o desempenho do general na vice-presidência foi "pífio" e "submisso" a Bolsonaro.
Para
salientar esse papel de Mourão, o professor lembra da função ativa de
José Alencar na construção de
pontes com empresários quando foi vice-presidente dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre 2003 e 2010.
"Ficava até uma coisa meio constrangedora, porque ele é um militar de mais alta patente que o presidente da República, então todos ficavam pensando 'como esse cara vai seguir um capitão?'. Ele fez esse papel realmente submisso", diz Cerqueira à Sputnik Brasil.
O cientista político Marcus Ianoni, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), também cita um governo do PT, o de Dilma Rousseff, para salientar o que classifica como histórico brasileiro de rivalidade entre presidente e vice-presidente — no caso, referindo-se a Michel Temer (MDB). Para Ianoni, mesmo com o passado militar comum, Mourão e Bolsonaro "não se entenderam bem".
"O Mourão exerceu uma certa autonomia que desagradou a Bolsonaro, por exemplo, nos momentos de conflito com o Judiciário e com o Legislativo, nos quais Bolsonaro buscava jogar lenha na fogueira e Mourão preferia ser mais calmo, apagar o fogo. Esse processo levou a um desgaste da relação entre ambos", afirma o pesquisador à Sputnik Brasil.
Em meio aos atritos, apoio de Mourão a Bolsonaro é incerto
Para o cientista político Marcus Ianoni, os interesses do novo partido do vice-presidente brasileiro serão um
fator relevante em um eventual apoio de Mourão a Bolsonaro, uma vez que o Republicanos compõe o chamado centrão.
"É algo que no momento não está garantido. O Republicanos pertence ao centrão e está meio insatisfeito com a falta de apoio de Bolsonaro em relação à participação desse partido, ao reconhecimento dos interesses do partido Republicanos nas alianças eleitorais nos diversos estados da federação", avalia.
Já o pesquisador Luciano Cerqueira, acredita que mesmo que Mourão seja eleito senador, o vice-presidente
não faria oposição a um eventual novo governo Bolsonaro. Segundo ele, apesar das
diferenças evidenciadas nos últimos anos, ambos mantêm
proximidade ideológica e política.
"Ele é um eleitor típico de Bolsonaro, é um conservador clássico, não faria oposição a Bolsonaro. Agora, temos que ter clareza também, que ele vai passar por uma disputa muito grande. Apesar de grande parte do eleitorado do Rio Grande do Sul ter votado em Bolsonaro, a disputa ao Senado não vai ser fácil", aponta Cerqueira, acrescentando que há outras candidaturas conservadoras no estado.
Conforme levantamento
publicado pela CNN, há pelo menos sete pré-candidatos ao Senado no Rio Grande do Sul. O senador
Lasier Martins (Podemos), deve tentar reeleição. A ex-senadora
Ana Amélia Lemos deve se filiar ao PSD para tentar voltar ao Senado. O ex-governador
José Ivo Sartori (MDB) também deve concorrer. Além deles, o deputado federal
Paulo Pimenta (PT) e a ex-deputada federal
Manuela D'Ávila (PCdoB) também devem concorrer à única vaga gaúcha ao Senado.