Pentágono: EUA não se envolverão em hostilidades na Ucrânia, nem decretarão zona de exclusão aérea
00:08 19.03.2022 (atualizado: 06:19 21.03.2022)
© flickr.com / Andrés FelicianoO emblema do Pentágono, sede do Departamento de Defesa norte-americano
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O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou, na noite desta sexta-feira (18), que os Estados Unidos não se envolverão diretamente no conflito na Ucrânia, nem pretendem estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o país.
"O presidente deixou claro que nossos militares não lutarão contra a Rússia na Ucrânia", afirmou o secretário de Defesa à CNN. Segundo ele, "ninguém precisa de um conflito entre os Estados Unidos e a Rússia".
Austin ressaltou que uma zona de exclusão aérea implicaria o envolvimento direto dos EUA, porque exigiria "ação contra os infratores".
"Isso significa que estaríamos enfrentando a Rússia. Duas potências nucleares. Ninguém quer ver isso", disse o chefe do Pentágono.
Ao mesmo tempo, o secretário garantiu que os Estados Unidos protegerão "todos os países-membros da OTAN" contra eventuais ataques.
Porém, Austin acredita que a operação militar russa na Ucrânia não estaria saindo conforme os planos iniciais de Moscou.
"Muitas de suas suposições não se provaram verdadeiras quando entraram nesta batalha", declarou, afirmando que as tropas russas teriam cometido erros e enfrentado problemas de logística.
© AP Photo / Janek SkarzynskiO secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na Polônia, em 18 de fevereiro de 2022
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na Polônia, em 18 de fevereiro de 2022
© AP Photo / Janek Skarzynski
Na última quarta-feira (16), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, durante uma reunião sobre medidas de apoio socioeconômico a regiões russas, que a operação militar especial na Ucrânia está avançando exatamente como o planejado.
"A operação está progredindo com êxito. Em estrita conformidade com os planos anteriormente aprovados", afirmou Putin.