Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta segunda-feira, 21 de março
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta segunda-feira (21), marcada pelo vazamento de amônia em uma fábrica química na cidade ucraniana de Sumy, pelas conversas de Biden com líderes europeus sobre crise na Ucrânia e pela possibilidade de embargo ao petróleo russo pela UE.
STF suspende decisão que bloqueava Telegram no Brasil
Na tarde de domingo (20), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, revogou a decisão que barrava o aplicativo Telegram em todo o país. O ultimato ocorreu na última sexta-feira (18). Segundo o ministro, o Telegram cumpriu as determinações judiciais que estavam pendentes no prazo designado. Entre elas, a indicação à Justiça de um representante oficial do Telegram no Brasil; informar providências adotadas para o combate à desinformação; excluir links no canal oficial de Jair Bolsonaro que permitem baixar documentos de um inquérito sigiloso; e bloquear o canal "Claudio Lessa". Além disso, no sábado (19), o fundador do aplicativo, Pavel Durov, encaminhou um comunicado oficial onde pediu desculpas pela gestão do Telegram ter sido "negligente" com a Justiça brasileira.
Pacheco rebate declarações de Lula sobre 'deformação' do Congresso
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, respondeu neste domingo (20) às críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à formação atual do parlamento brasileiro. Em evento político no Paraná, no sábado (19), o pré-candidato à presidência do PT afirmou que o Congresso "nunca esteve tão deformado e antipovo como está agora" e que talvez a formação atual "é a pior'' na história do Brasil. Em resposta, Pacheco qualificou as denúncias de Lula como "deformadas, ofensivas e sem fundamento, fruto do início da disputa eleitoral". De acordo com suas palavras, os parlamentares da atual legislatura "entregaram reformas que estavam engavetadas há anos". A nota diz ainda que o Congresso "se posicionou fortemente em defesa da democracia", na pauta antirracismo e nos direitos das mulheres.
Conflito na Ucrânia: vazamento de amônia é relatado em fábrica química de Sumy
Hoje é o 26º dia da operação especial da Rússia na Ucrânia. Nesta segunda-feira (21), foi relatado o vazamento de amônia em uma fábrica química na cidade de Sumy, no sul da Ucrânia, que contaminou uma zona em um raio de mais de cinco quilômetros. O governador da região ainda não informou o que causou o incidente. Entretanto, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereschuk, respondeu ontem (20) ao requerimento da Defesa russa relacionado à evacuação dos civis de Mariupol, dizendo que Kiev não vai se render. "Não se pode falar de rendições, de deposição de armas", disse ela, acrescentando que Kiev já transmitiu este posicionamento à ONU e à Cruz Vermelha. Enquanto isso, a representante dos direitos humanos da República Popular de Donetsk, Daria Morozova, contou à Sputnik sobre os crimes cometidos pelos batalhões nacionalistas ucranianos em Mariupol. Ela ressaltou que os órgãos de segurança pública da RPD vão recolher evidências desses crimes, que, segundo ela, por anos foram ignorados pela ONU e por outras organizações internacionais.
Biden discutirá com líderes europeus resposta coordenada à operação russa na Ucrânia
O presidente norte-americano, Joe Biden, vai ligar nesta segunda-feira (21) para os líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido para elaborar uma resposta à operação militar russa no território ucraniano, anunciou a Casa Branca. Além disso, Biden, após se reunir com os líderes da UE e da OTAN em Bruxelas, viajará à Polônia, onde se encontrará com o presidente Andrzej Duda, em 25 de março, sendo o país um dos principais destinos dos refugiados ucranianos. O presidente norte-americano discutirá como "os EUA, com aliados e parceiros, respondem à crise humanitária e de direitos humanos" provocada pela situação na Ucrânia, especificou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki. Além disso, conforme disse o vice do assessor de Segurança Nacional para Economia Internacional, Daleep Singh, os EUA podem impor ainda mais sanções à Rússia, e a Casa Branca está "longe" de cancelar quaisquer restrições antirrussas.
Presidente da Finlândia sugere maior parceria em defesa com EUA e Suécia como alternativa à OTAN
Uma cooperação em defesa mais profunda com os Estados Unidos e a Suécia poderia ser uma alternativa à adesão à OTAN, sugeriu o presidente finlandês, Sauli Niinisto, em entrevista ao Financial Times, em que ele discutiu os prós e contras da integração à aliança militar. Niinisto admitiu, porém, que enquanto a adesão à OTAN "poderia parecer que nossas preocupações terminaram", outras alternativas incluem riscos que a Finlândia tem que reconhecer, inclusive a escalada da situação na Europa. Para o presidente, laços mais próximos com os EUA e Suécia foram abordados nos recentes encontros com os líderes dos respectivos países, inclusive a reunião de Niinisto com o presidente Joe Biden, no início de março. Historicamente, a Finlândia e a Suécia são nações não alinhadas à OTAN, mas regularmente participam de manobras do bloco e contribuem com operações no exterior.
© REUTERS / EVELYN HOCKSTEINPresidente americano, Joe Biden, se reúne com o chefe de Estado finlandês, Sauli Niinisto, na Casa Branca, Washington, 4 de março de 2022
Presidente americano, Joe Biden, se reúne com o chefe de Estado finlandês, Sauli Niinisto, na Casa Branca, Washington, 4 de março de 2022
© REUTERS / EVELYN HOCKSTEIN
União Europeia estuda chance de embargo ao fornecimento de petróleo russo, diz agência
Os governos da UE vão considerar a possibilidade de impor o embargo petrolífero sobre a Rússia pela operação na Ucrânia, enquanto devem se reunir com o presidente Joe Biden nesta semana, relata a agência Reuters. "Nós estamos elaborando o quinto pacote de sanções e muitos novos nomes estão sendo propostos", disse um alto diplomata europeu sob condição de anonimato. Constata-se que as restrições anteriores não levaram à "mudança do curso do Kremlin a respeito da Ucrânia" e, em vista disso, os países europeus devem considerar a medida. De acordo com informações da agência, os países do Báltico insistem no embargo, enquanto a Alemanha, a maior compradora de petróleo russo na UE, adverte de ações precipitadas, uma vez que os preços de energia na Europa já estão muito altos. Os diplomatas também especificam que "um ataque russo de armas químicas na Ucrânia ou forte bombardeamento de Kiev" poderiam provocar a introdução do embargo.