Mídia: com possível saída de Braga Netto da Defesa, Bolsonaro avalia troca no comando do Exército
16:31 22.03.2022 (atualizado: 19:32 22.03.2022)
© Foto / Marcos Corrêa / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Jair Bolsonaro visita às instalações do Comando do Exército ao lado do comandante Paulo Sérgio Nogueira (foto de arquivo)
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Caso ocorra nova troca no comando do Exército, essa será a segunda vez que o presidente vai ignorar a ordem de antiguidade na escolha do comandante, ação que não é muito prestigiada por militares.
Ao que tudo indica, o provável vice do presidente, Jair Bolsonaro (PL), para corrida presidencial deste ano será o atual ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. Uma vez deixando a pasta, uma das cadeiras mais importantes do governo ficará à espera de outra pessoa para ocupá-la.
De acordo com o jornal O Globo, dentre os possíveis nomes está o do atual chefe das Forças Armadas, Paulo Sérgio Nogueira. Entretanto, se Paulo Sérgio for mesmo redirecionado, o cargo que exerce ficará automaticamente livre, e de acordo com a mídia, o mais cotado para chegar ao posto seria o general Marco Antônio Freire Gomes.
Freire Gomes é o atual comandante de Operações Terrestres e, conforme relatado pelo jornal, é considerado linha-dura entre integrantes da tropa. Em um sinal de prestígio, o general viajou com o presidente na comitiva que foi à Rússia e à Hungria no mês passado.
© Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0General Marco Antônio Freire Gomes durante discurso após visita às obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em São Desidério, Bahia, 11 de novembro de 2020
General Marco Antônio Freire Gomes durante discurso após visita às obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em São Desidério, Bahia, 11 de novembro de 2020
© Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
No Exército Brasileiro, a tradição da escolha dos comandantes obedece à antiguidade dos generais de quatro estrelas, ou seja, quem tem mais tempo no topo da carreira. Caso Bolsonaro escolha mesmo Freire Gomes, será a segunda vez que o presidente vai ignorar a ordem de antiguidade na escolha do comandante, a exemplo do que fez ao nomear Paulo Sérgio em março do ano passado.
Um plano B é avaliado no governo caso o mandatário decida não mexer no comando do Exército novamente e a estratégia seria deslocar o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para a Defesa.
Essa possibilidade, embora defendida por uma ala ligada às Forças Armadas, é vista como mais remota, uma vez que Heleno não demonstra intenção de deixar o atual posto, segundo a mídia.