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Alto funcionário taiwanês diz que 'lei de reunificação' não deve ser adotada, pois pressiona China

© REUTERS / Ann WangVeteranos participam de cerimônia de hasteamento de bandeira em antigo posto militar em Kinmen, Taiwan, 15 de outubro de 2021
Veteranos participam de cerimônia de hasteamento de bandeira em antigo posto militar em Kinmen, Taiwan, 15 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2022
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A declaração divulgada pelo South China Morning Post (SCMP) reforça que a proposta não foi feita oficialmente, mas sim por veículos de mídia estatais chineses.
De acordo com o SCMP, o diretor-geral do Escritório de Segurança Nacional de Taiwan, Chen Ming-tong, disse nesta quinta-feira (24) que não acredita na adoção da "lei de reunificação" por parte da China. Segundo ele, a medida colocaria pressão em Pequim para definir um cronograma de atuação, o que poderia gerar uma escalada das tensões.

"É o equivalente a estabelecer um calendário. No passado, durante a era Deng Xiaoping, eles tentaram estabelecer um cronograma, mas no final acharam melhor não o fazer, pois isso os pressionaria", disse Chen, fazendo referência ao líder chinês que morreu em 1997.

A chamada "lei de reunificação" foi citada pela mídia estatal chinesa, mas em nenhum momento confirmada pelo governo. Segundo o SCMP, na semana passada um porta-voz do Escritório para Assuntos de Taiwan em Pequim disse que "escuta atentamente e estuda opiniões e sugestões", quando perguntado sobre a "lei de reunificação".
Caso venha a ser promulgada, ela seria uma continuação da lei de 2005 que dá a Pequim bases legais para uma ação militar, caso julgue que Taiwan se separou ou está prestes a fazê-lo.
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No entanto, Chen foi firme ao dizer que não vê esse tipo de movimentação sendo feita tão rapidamente pelo governo de Xi Jinping. Ele afirmou que o líder chinês está se preparando para o congresso do Partido Comunista no final deste ano, que será crucial para a confirmação de seu terceiro mandato, e por isso "necessita manter a estabilidade".
Nos últimos dois anos a China vem pressionando Taipé e aumentando sua presença militar na região do estreito de Taiwan.
Taiwan é um território autogovernado e, nos anos 1970, a ONU passou a reconhecer a República Popular da China como a única representante legítima da China. Pequim declara que é apenas uma questão de tempo até que Taipé se reunifique com a China continental e que se trata de um assunto interno do país.
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