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'Pseudo-humanitária': ONU aprova resolução ocidental sobre Ucrânia após rejeitar proposta russa

© AFP 2023 / Timothy A. ClarySessão de emergência da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em 2 de março de 2022.
Sessão de emergência da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em 2 de março de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2022
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A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, nesta quinta-feira (24), a resolução elaborada por Kiev e países ocidentais que pede o fim do conflito na Ucrânia e a retirada imediata das tropas russas do país vizinho.
O texto foi aprovado com 140 votos a favor (incluindo o do Brasil), 35 abstenções (entre elas de Cuba, China, Nicarágua, El Salvador, Bolívia, Índia, Irã, Iraque, Cazaquistão e Paquistão) e cinco votos contrários (Rússia, Coreia do Norte, Síria, Belarus e Eritreia).
A resolução humanitária elaborada pela Rússia que pedia um cessar-fogo negociado na Ucrânia foi rejeitada no Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira (23).
O embaixador russo na organização, Vasily Nebenzya, classificou a proposta aprovada na Assembleia Geral como pseudo-humanitária.

"Acho que não vale a pena entrar nas razões pelas quais a Rússia votou contra o projeto de resolução pseudo-humanitária apresentado pelos países ocidentais e pela Ucrânia", disse.

Segundo o representante, o objetivo dos autores do texto era, mais uma vez, condenar e rotular a Rússia, convocando os Estados a assinar apenas "interpretações unilaterais" da situação.
© AP Photo / Richard DrewEmbaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, fala no Conselho de Segurança da organização em 31 de janeiro de 2022.
Embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, fala no Conselho de Segurança das Nações Unidas, 31 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2022
Embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, fala no Conselho de Segurança da organização em 31 de janeiro de 2022.
O documento exige de Moscou um cessar-fogo imediato e afirma que as consequências humanitárias na Ucrânia não são vistas há décadas.
O texto ainda contém demandas para proteger civis e infraestruturas, jornalistas e profissionais de saúde e pede garantias para corredores humanitários.
Segundo Moscou, a operação militar especial, iniciada em 24 de fevereiro, tem o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia e visa apenas à infraestrutura militar do país.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de sabotar os corredores humanitários e utilizar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.
Na quarta-feira (23), o chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Rússia, Mikhail Mizintsev, informou que nacionalistas ucranianos "dispararam uma granada antitanque, sem motivo, contra uma ambulância que prestaria assistência urgente a civis feridos", matando quatro profissionais de saúde em Sumy, na Ucrânia.
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