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Crise ucraniana pode criar oportunidade para China impulsionar yuan globalmente, diz Taiwan

© REUTERS / Florence LoMoedas e notas de yuan da China são vistas nesta ilustração tirada em 24 de fevereiro de 2022
Moedas e notas de yuan da China são vistas nesta ilustração tirada em 24 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.03.2022
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Para alto funcionário taiwanês, o atual contexto geopolítico e seu forte impacto na economia seria uma brecha para Pequim alavancar o uso global do yuan. Em sua visão, "esta é uma oportunidade que deve ser aproveitada pela China".
Em discurso ao Parlamento taiwanês hoje (28), o diretor-geral do Departamento de Segurança Nacional de Taiwan, Chen Ming-tong, afirmou que a operação militar russa na Ucrânia e a exclusão efetiva da Rússia do sistema monetário global podem ser uma oportunidade para a China elevar o perfil de sua moeda em um desafio ao dólar norte-americano, segundo a Reuters.
Chen disse que Pequim "sempre quis uma maneira de se livrar da dominação do dólar, e a guerra [operação] pode impulsionar o uso do yuan".

"Seja no comércio de renminbi [yuan] ou no sistema de emissão de moeda, esta é uma oportunidade que deve ser aproveitada pela China", declarou Chen.

De acordo com a mídia, Moscou disse que está contando com Pequim para ajudá-la a resistir ao golpe em sua economia após as sanções ocidentais, e usará o yuan chinês de suas reservas cambiais depois que as barreiras econômicas limitaram seu acesso às suas reservas em dólares e euros.
O diretor-geral ainda comentou que a operação militar pode realmente melhorar as relações China-EUA se o gigante asiático optar por ficar com os Estados Unidos da mesma forma que fez após os ataques de 11 de setembro de 2001, quando ganharam a boa vontade dos norte-americanos.
"A guerra [operação militar ] na Ucrânia talvez seja outra oportunidade no estilo 11/9", afirmou.
Pequim manifestou repetidamente oposição às sanções à Rússia e insistiu que manterá as trocas econômicas e comerciais normais. Entretanto, segundo a mídia nos bastidores, o gigante asiático teme que suas empresas estejam em conflito com as sanções e está pressionando as empresas a agirem com cuidado com investimentos na Rússia.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, gesticula enquanto fala durante um briefing diário em seu ministério em Pequim, 24 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 17.03.2022
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