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Gigante da indústria química alemã pode fechar as portas sem gás russo, alerta especialista

© AP Photo / Michael ProbstO sol se põe sobre os prédios do distrito bancário da cidade de Frankfurt com empresas como Volkswagen, Siemens e BASF, 19 de agosto de 2019
O sol se põe sobre os prédios do distrito bancário da cidade de Frankfurt com empresas como Volkswagen, Siemens e BASF, 19 de agosto de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2022
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Segundo o presidente do sindicato de produtos químicos, a BASF pode fechar as portas se as entregas de gás da Rússia forem interrompidas conforme o cronograma de sanções da União Europeia.
A gigante multinacional alemã de produtos químicos BASF alertou sobre as consequências drásticas se o fornecimento de gás da Rússia for interrompido, informou o jornal alemão Frankfurter Allgemeine na última quarta-feira (30).
Se o fornecimento de gás for cortado pela metade, a fábrica de Ludwigshafen, a maior instalação química do mundo, que emprega quase 40.000 pessoas, será obrigada a fechar, afirmou ao jornal o presidente do sindicato de produtos químicos e membro do conselho da BASF, Michael Vassiliadis.
Se o fornecimento de gás for inferior a 50%, a fábrica não poderia mais ser operada de forma estável e teria que ser fechada completamente, explicou Vassiliadis. Se a perda do gás russo não for compensada, os efeitos na indústria química podem ser dramáticos, com a interrupção custando "centenas de milhares de empregos em um período de tempo relativamente curto", disse ele.
O diretor executivo da BASF, Martin Brudermuller, disse anteriormente que não havia como substituir o gás russo no curto prazo, mas o grupo estava trabalhando intensamente para reduzir sua dependência do gás.
Gasoduto em Beregdaroc, Hungria, um dos pontos de passagem do gás russo à UE - Sputnik Brasil, 1920, 30.03.2022
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Alemanha entra em alerta antecipado caso gás seja cortado
Ainda segundo o Frankfurter Allgemeine a indústria química não pode funcionar sem petróleo e gás, e sem o setor a economia para, pois as pessoas dependem fortemente dele em suas vidas cotidianas. Os produtos petroquímicos respondem por 20% da produção de vestuário, 40% dos cosméticos e até 35% de remédios como a aspirina, elementos essenciais para a maioria das famílias.
A União Europeia (UE) obtém cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. Após o início da operação especial militar da Rússia na Ucrânia, o bloco prometeu reduzir sua dependência da energia russa, cortando-a em dois terços este ano e totalmente até 2030, substituindo-a por entregas de outros fornecedores e energias renováveis.
O governo alemão fechou recentemente um acordo de gás com o Catar. No entanto, o país, que é um dos três maiores exportadores de gás natural liquefeito (GNL) do mundo, destacou na semana passada que nenhum fornecedor conseguiria substituir totalmente o gás russo na Europa no curto prazo.
Atualmente, Moscou e a UE estão em desacordo quanto ao pagamento de futuras entregas de gás, pois Bruxelas rejeitou a exigência de pagamentos em rublos feita por Moscou. O Kremlin diz que moedas como o dólar e o euro ficaram comprometidas pelas sanções e que a Rússia não entregará gás de graça.
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