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Pesquisa aponta que algoritmo do Google ajuda a disseminar teorias da conspiração

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De acordo com pesquisadores da Universidade Simon Fraser (SFU, na sigla em inglês), no Canadá, os algoritmos do Google colocam legendas inofensivas em reconhecidos difusores de teorias da conspiração.
Em um estudo publicado na revista acadêmica M/C Journal, pesquisadores do Projeto da Desinformação da Escola de Comunicação da SFU analisaram as legendas selecionadas automaticamente pelo Google para 37 famosos teóricos da conspiração. Para os autores do projeto, o resultado é preocupante.

"Em todos os casos, a legenda do Google nunca foi consistente com o comportamento conspiratório do ator. De fato, as legendas neutras aplicadas aos conspiradores em nossa pesquisa podem refletir algum aspecto das carreiras anteriores dos indivíduos, mas não são um reflexo preciso do papel publicamente conhecido dos indivíduos na propagação do ódio, o que argumentamos ser enganoso para o público", escreveram os pesquisadores no estudo.

Um dos exemplos citados no estudo é o caso de Jerad Miller, um nacionalista responsável por um tiroteio em Las Vegas em 2014, que foi listado como um "artista americano", embora a maioria dos resultados de pesquisa subsequentes revelem que ele é o autor de um tiroteio em massa.
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"[As legendas] podem representar uma ameaça ao normalizar indivíduos que espalham teorias da conspiração, semeiam dissensão e desconfiança nas instituições e causam danos a grupos minoritários e indivíduos vulneráveis", argumentou Nicole Stewart, uma das autoras do estudo, em entrevista ao TechXplore.

Os pesquisadores também alertaram que, embora o atual estudo tenha focado em teorias da conspiração, o mesmo tipo de classificação neutra acontece com diversos terroristas mundialmente conhecidos. "Isso é problemático porque os algoritmos que determinam essas legendas são infraestruturas invisíveis que agem para desinformar o público", disseram os pesquisadores.

"Este estudo destaca a necessidade urgente do Google revisar as legendas atribuídas a teóricos da conspiração, terroristas e assassinos em massa para informar melhor o público sobre a natureza negativa desses atores, em vez de sempre rotulá-los de maneira neutra ou positiva", escreveram os especialistas do Projeto da Desinformação da Escola de Comunicação da SFU.

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