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Alemanha 'alcançou o limite' no fornecimento de armas à Ucrânia, diz ministra da Defesa

© REUTERS / Ints KalninsChristine Lambrecht, ministra da Defesa da Alemanha, fala durante coletiva de imprensa durante visita a tropas alemãs na base militar de Rukla, Lituânia, 22 de fevereiro de 2022
Christine Lambrecht, ministra da Defesa da Alemanha, fala durante coletiva de imprensa durante visita a tropas alemãs na base militar de Rukla, Lituânia, 22 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 10.04.2022
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Berlim apontou que não pode fornecer mais armas à Ucrânia, onde a Rússia está conduzindo uma operação militar especial, com a justificativa de que a própria Alemanha precisa de armamento.
A Alemanha "alcançou o limite" no que toca a fornecer armas à Ucrânia, afirmou no sábado (9) Christine Lambrecht, ministra da Defesa alemã, em uma entrevista dada ao jornal Augsburger Allgemeine Zeitung.
"Em relação às entregas dos estoques da Bundeswehr [Forças Armadas da Alemanha], devo dizer que agora atingimos um limite [...] Mas isso não significa que não possamos fazer mais pela Ucrânia. Por isso, também clarificamos o que a indústria poderia fornecer diretamente", explicou Lambrecht, depois que foi lembrada da declaração de Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, de que os membros da aliança devem fornecer mais armas ao vizinho da Rússia.
A razão disso, revelou ela, é que os militares alemães devem ser capazes de defender seu próprio país e a OTAN e ainda não estão equipados "na medida necessária".
Outro motivo, disse, é que a população da Alemanha está preocupada com a expansão de ações militares a outros países, pelo que é necessária muita cautela e "cabeça fria" nestes "tempos difíceis".
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Em 26 de fevereiro, poucos dias após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, Berlim anunciou que quebrou com sua política pós-Segunda Guerra Mundial de não enviar armas diretamente a locais de conflitos ativos. No mesmo dia, o chanceler alemão Olaf Scholz previu que a Alemanha passaria a gastar mais de 2% do seu PIB em despesas militares.
"É importante coordenar as nossas ações com a OTAN e a UE [União Europeia], e também considerar as consequências das nossas ações. Concordamos com os nossos aliados de que sob nenhuma circunstância devemos entrar na guerra", sublinhou.
A ministra da Defesa da Alemanha recusou indicar detalhes sobre o tipo de material militar dado à Ucrânia, em referência ao pedido do vizinho da Rússia de não divulgar informação específica para que Moscou também não passe a ter tais dados.
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