Nova ajuda militar dos EUA a Kiev inclui 200 veículos, 11 helicópteros e 500 mísseis antitanque
16:48 13.04.2022 (atualizado: 19:08 15.04.2022)
© AFP 2023 / Aamir QureshiHelicóptero Mil Mi-17.
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Os Estados Unidos fornecerão à Ucrânia equipamentos, incluindo 18 sistemas de artilharia Howitzer de 115 mm e 11 helicópteros de transporte Mi-17, como parte do mais recente pacote de defesa do governo de Joe Biden, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira (13).
No novo pacote fornecido pelos EUA a Kiev, também estão inclusos 40 mil projéteis, 200 veículos M113, 300 drones Switchblade (armas de guerra também conhecidas como "kamikaze") e 500 mísseis antitanque Javelin, capazes de perfurar veículos blindados.
Trata-se da primeira remessa a incluir sistemas de artilharia Howitzer para a Ucrânia, entregue especificamente a pedido do governo do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, segundo informou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, durante uma coletiva de imprensa hoje (13). Além disso, os EUA incluíram radares de contra-artilharia TPQ-36.
© AP Photo / Efrem LukatskySoldado ucraniano armado com Javelin dos EUA na rua Khreshchatyk, durante um desfile militar para celebrar o Dia da Independência, em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018.
Soldado ucraniano armado com Javelin dos EUA na rua Khreshchatyk, durante um desfile militar para celebrar o Dia da Independência, em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018.
© AP Photo / Efrem Lukatsky
Ambos os equipamentos exigem um treinamento dos soldados ucranianos a fim de utilizá-los, acrescentou Kirby.
"Prevemos que alguns desses itens exigirão algum treinamento adicional para os ucranianos. Os sistemas que provavelmente vão levar a isso são os sistemas de artilharia Howitzer, os radares de contra-artilharia TPQ-36. Não são muito difíceis de operar, mas não são itens que eles [ucranianos] tenham em seu inventário”, declarou ele.
O anúncio foi antecipado ontem (12) pela agência Reuters. São mais 750 milhões de dólares (R$ 3,5 bilhões, aproximadamente) em assistência militar à Ucrânia, disseram duas autoridades norte-americanas à mídia.
De acordo com a publicação, o equipamento será financiado por meio da Autoridade de Saque Presidencial (Presidential Drawdown Authority, PDA, em inglês), que permite ao presidente autorizar a transferência de artigos e serviços sem a aprovação do Congresso em resposta a uma emergência.
© AP Photo / Efrem LukatskyMilitares ucranianos desembalam mísseis antitanque Javelin, entregues como parte da assistência de segurança dos Estados Unidos à Ucrânia, no aeroporto de Borispol, Ucrânia, 11 de fevereiro de 2022.
Militares ucranianos desembalam mísseis antitanque Javelin, entregues como parte da assistência de segurança dos Estados Unidos à Ucrânia, no aeroporto de Borispol, Ucrânia, 11 de fevereiro de 2022.
© AP Photo / Efrem Lukatsky
Auxílio do Reino Unido à Ucrânia
Na visita de Boris Johnson a Kiev para se reunir com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o premiê prometeu que forneceria à Ucrânia 120 veículos blindados. O treinamento para o uso desses veículos será no Reino Unido.
A informação foi dada pelo ministro das Forças Armadas britânicas, James Heappey, em entrevista à rádio LBC na terça-feira (12). Heappey observou que os soldados serão treinados para dirigir e operar veículos blindados que Londres fornecerá a Kiev.
No total, 120 veículos blindados estão em processo de preparação, e as tropas ucranianas que os operarão chegarão ao Reino Unido nos próximos dias.
Na semana passada, soube-se que o governo de Boris Johnson fornecerá um pacote adicional de ajuda militar à Ucrânia de mais de US$ 130 milhões (R$ 607 milhões) em meio à operação militar da Rússia. Além disso, o premiê prometeu "apoio inabalável" a Kiev e concordou fornecer veículos blindados e novos sistemas de mísseis antinavio.
Em 25 de março, o chefe da Diretoria de Operações Militares do Estado-Maior da Rússia, Sergei Rudskoi, afirmou que o Ministério da Defesa russo estava monitorando as declarações de "alguns países" sobre a possível entrega de aeronaves e sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia. "Não vamos ignorá-los", alertou.