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Em motociata, Bolsonaro diz que acordo do TSE com WhatsApp 'não será cumprido'

© José Dias / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro, em Minas Gerais, 14 de abril de 2022
Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro, em Minas Gerais, 14 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2022
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Para o presidente, novas políticas do aplicativo que não serão efetuadas no Brasil até o período eleitoral acabar é "censura e discriminação", além de ser "inaceitável e inadmissível".
Nesta sexta-feira (15), durante uma motociata em São Paulo, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), criticou a decisão do WhatsApp (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) de implementar novos recursos no Brasil somente após as eleições de outubro.
O mandatário teria parado no meio do evento e dito para apoiadores que o acordo entre o aplicativo e o órgão brasileiro "não será cumprido", segundo o jornal O Globo. O adiamento da atualização é fruto de um compromisso da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"[...] E já adianto: isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que por ventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento", declarou.

Em sua visão, o pacto entre a plataforma e o tribunal é "censura e discriminação".
"O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial para o Brasil. Censura, discriminação, isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês, nem por lei, quem dirá por um acordo", afirmou.
© Isaac FontanaJair Messias Bolsonaro em motociata, no estado de São Paulo, 15 de abril de 2022
Jair Messias Bolsonaro em motociata, no estado de São Paulo, 15 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2022
Jair Messias Bolsonaro em motociata, no estado de São Paulo, 15 de abril de 2022
Na quinta-feira (14), o aplicativo anunciou que vai lançar uma nova funcionalidade, chamada "Comunidades" em 2023, segundo a mídia. O recurso vai possibilitar que administradores reúnam diferentes grupos em um só lugar, ampliando o alcance de mensagens.
Em fase de testes, a ferramenta pode facilitar a circulação de notícias falsas. Atualmente, os grupos de WhatsApp podem ter no máximo 256 integrantes.
A circulação em massa de mensagens com conteúdos falsos, especialmente em ambientes fechados, como o do aplicativo, foi apontada como uma ameaça às eleições de 2018, o que levou autoridades a se mobilizarem para evitar o mesmo cenário este ano.
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