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Houthis do Iêmen criticam força-tarefa liderada pelos EUA no mar Vermelho

© REUTERS / Khaled AbdullahSoldados do movimento houthi marcham durante funeral de seus combatentes, mortos em recentes confrontos, em Sanaa, no Iêmen
Soldados do movimento houthi marcham durante funeral de seus combatentes, mortos em recentes confrontos, em Sanaa, no Iêmen - Sputnik Brasil, 1920, 16.04.2022
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Os houthis do Iêmen criticaram uma nova força-tarefa liderada pelos EUA que vai patrulhar o mar Vermelho após a série de ataques do grupo a uma hidrovia essencial para o comércio global.
O porta-voz dos houthis, Mohammed Abdul-Salam, disse na última sexta-feira (15) que a ação dos EUA no mar Vermelho, em meio ao cessar-fogo na guerra civil do país, contradiz a alegação de Washington de apoiar a trégua mediada pela ONU. Segundo o negociador, a força-tarefa "consagra a agressão e o bloqueio ao Iêmen", afirmou ele em sua conta no Telegram.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita contra a qual os houthis lutam há anos, até recentemente, foi apoiada pelos EUA e impõe um bloqueio aéreo e marítimo nas áreas controladas pelo movimento.
De acordo com a Bloomberg, outro líder houthi, Daifallah al-Shami, também criticou a força-tarefa liderada pelos EUA, dizendo que tal iniciativa envia sinais negativos e "dá uma leitura mais sombria à trégua", afirmou através de assessoria de imprensa.
A nova força-tarefa conta com um número de dois a oito navios que vão patrulhar o Mar Vermelho, ao mesmo tempo, em busca de contrabandistas de carvão, drogas, armas e pessoas, de acordo com o vice-almirante Brad Cooper, que supervisiona a Marinha dos EUA no Oriente Médio.
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Embora Cooper não tenha nomeado os houthis quando anunciou a força-tarefa na quarta-feira (13), membros do movimento lançaram barcos drones carregados de explosivos e minas nas águas do Mar Vermelho, que vai do Canal de Suez, no Egito, no norte, até o estreito de Bab-el-Mandeb, no sul, que separa a África da Península Arábica.
O cessar-fogo de 60 dias em torno do mês sagrado de jejum muçulmano do Ramadã parece estar sendo mantido, apesar das repetidas violações pelas quais ambas as partes se culparam.
A guerra que assola a região começou em março de 2015, quando o presidente iemenita Abdrabbuh Mansour Hadi fugiu para Riad depois de ser expulso do país pelo movimento houthi. Os grupos xiitas zaidis vêm do empobrecido norte do país, e suas objeções às reformas neoliberais de Hadi, incluindo a redução dos subsídios aos combustíveis e um esquema de federalização, tornaram-se pontos de encontro para um movimento de massa dos pobres do Iêmen.
A coalizão - Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Sudão e Estados Unidos, além de várias outras nações - liderada pela Arábia Saudita acabou lançando uma campanha militar para devolver Hadi ao poder. No entanto, em 2022, todos, exceto Riad e Abu Dhabi, saíram da guerra.
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