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Presidenciável francesa, Marine Le Pen, afirma que EUA devem pagar à França por perda de gás russo

© AFP 2023 / JULIEN DE ROSAA candidata presidencial Marine Le Pen ouve eleitores durante uma visita de campanha a Saint-Remy-sur-Avre, noroeste da França, 16 de abril de 2022
A candidata presidencial Marine Le Pen ouve eleitores durante uma visita de campanha a Saint-Remy-sur-Avre, noroeste da França, 16 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.04.2022
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A candidata à presidência da França afirmou que os custos de energia devem subir se a União Europeia (UE) proibir a energia russa e que Washington deveria transferir o dinheiro para Paris como compensação.
Os EUA devem compensar a França pelas perdas se a União Europeia (UE) proibir as transportadoras de energia russas, disse a candidata presidencial francesa Marine Le Pen em entrevista à BFM TV na última sexta-feira (15).
"Os norte-americanos, que vão nos vender gás natural liquefeito [GNL] e obter um lucro sólido com isso, poderiam transferir o dinheiro para a França como compensação pelas sanções antirrussas", disse Le Pen, observando que Washington está pressionando a UE a sancionar as transportadoras de energia russas.
O bloco impôs várias sanções à Rússia depois que Moscou lançou uma operação especial militar na Ucrânia. A operação foi amplamente criticada por muitas nações ocidentais, mas talvez nenhuma tenha sido mais franca do que os EUA.
De acordo com Le Pen, se Washington conseguir interromper as importações de gás russo para a UE, isso resultará em contas de combustível insuportavelmente altas para os franceses. No entanto, ela acredita que os magnatas norte-americanos dos combustíveis pouco se importam com os franceses comuns e sua situação, e estão interessados ​​apenas em negócios, ansiosos para lucrar com o aumento das exportações de GNL para o bloco.
Marine Le Pen, política francesa, 12 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2022
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Embora a União Europeia tenha imposto inúmeras sanções a Moscou nas últimas semanas, os Estados-membros até agora não conseguiram chegar a um acordo sobre a proibição das importações de energia russas. Muitos países da UE são fortemente dependentes da energia russa, enquanto alguns não têm alternativa, incapazes de receber gás liquefeito dos EUA, por exemplo, por não terem litoral.
No entanto, as discussões sobre o assunto devem continuar, disse o chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, na última segunda-feira (11).
Atualmente, Moscou fornece cerca de 40% do gás usado pelos países da UE e cerca de um terço de seu petróleo. O vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak estimou recentemente que a UE levaria de 5 a 10 anos para substituir completamente o petróleo e o gás russos, observando que um embargo inevitavelmente resultaria em preços recordes.
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