Berlim rejeita ideia de produção de gás de xisto e admite sua dependência da Rússia
© Sputnik / Dmitry LelchukTubulação de gás do Nord Stream 2 na Alemanha
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A Alemanha não tem intenções de produzir gás de xisto, uma vez que isso provocaria problemas ecológicos no país, conforme disse o ministro das Finanças alemão, Robert Habeck, citado pelo Frankfurter Allgemeine Zeitung.
De acordo com suas palavras, trata-se de uma causa importantíssima pela qual Berlim é incapaz de recusar as entregas de gás russo rapidamente.
"Um embargo imediato sobre o gás [russo] colocará sob ameaça a ordem social na Alemanha", afirmou o ministro.
Robert Habeck especificou que a Alemanha tem grandes reservas de gás de xisto, mas a sua extração exige um fraturamento hidráulico. Pelas previsões do político, vai levar anos para desenvolver essa exploração e obter as permissões necessárias.
"É difícil no âmbito da lei sobre os recursos hídricos, já que tal método de extração pode levar a consequências negativas para o meio ambiente. Atualmente, não temos empresas que desejariam efetuar isso", resumiu o vice-chanceler.
Após a operação especial russa ter sido lançada na Ucrânia, as autoridades da Alemanha anunciaram planejar em um futuro próximo reduzir a importação de recursos de energia da Rússia, abandonando até o final deste ano qualquer compra de carvão e gás russos. Segundo planos preliminares, a Alemanha quer acabar com a independência do gás natural até meados de 2024.
No início deste ano, a Alemanha recebia quase 55% do gás natural russo. Agora essa quantidade foi reduzida para 40%. De ponto de vista alemão, o gás natural liquefeito do Catar, EUA e de outros países pode ser uma alternativa ao gás russo.