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Ciro acusa Lula de destruir 'partidos que possam o afetar' e diz aceitar conversar com União Brasil

© Folhapress / Pedro LadeiraCandidato à presidência Ciro Gomes, segundo analista, o candidato critica o petismo e o bolsonarismo, abarcando eleitores que desconsideram Lula e Bolsonaro como opções para 2022
Candidato à presidência Ciro Gomes, segundo analista, o candidato critica o petismo e o bolsonarismo, abarcando eleitores que desconsideram Lula e Bolsonaro como opções para 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2022
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Segundo o presidenciável, ex-mandatário está destruindo organizações partidárias que "possam fazer sombra a ele [Lula]". Ao mesmo tempo, confirma que antes de seguir para Paris nas eleições de 2018, votou em Fernando Haddad e que aceitou sentar à mesa com União Brasil após desistência de Moro.
Nesta quarta-feira (20), o pré-candidato à presidência da República do PDT, Ciro Gomes, concedeu entrevista ao portal UOL e disse que o ex-presidente Lula está tentando acabar com outros partidos que podem fazer sombra a ele.
"Tenho me movimentado respeitando as organizações. Diferentemente do Lula, que está destruindo organizações partidárias que podem fazer sombra a um pensamento mais crítico e progressista, como está fazendo com PSOL e PCdoB e PSB, que é uma tragédia", criticou Ciro.
Ao mesmo tempo, o pedetista relembrou as eleições de 2018, quando foi acusado de ter viajado para Paris no segundo turno para não votar no candidato do PT, Fernando Haddad, que concorria com presidente Jair Bolsonaro (PL) na época.
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"Essa é outra mentira do Lula. Não viajei para não votar. Votei no Haddad. Declarei isso antes de encerrada a apuração", afirmou o pré-candidato citado pela mídia.
Ainda falando sobre o petista, Ciro foi ácido em suas opiniões e disse que "não há a menor chance de voltar a se aliar" com o ex-presidente.
"Lula é parte central do problema. A despolitização, a falta de pudor, a falta de humildade, o não aprendizado. Uma companheira nossa perdeu olho em 2016 e, no ano seguinte, Lula estava com promotores do golpe. O Lula acabou de fazer acordo com Geddel Vieira Lima na Bahia. Lula não aprendeu nada. Ele está dizendo que vai manter presidente do Banco Central do Bolsonaro. Não é possível conciliar com isso, isso está destruindo o Brasil. Não há nenhuma chance de voltar a se aliar com Lula."
© AFP 2023 / MARIE HIPPENMEYERLuiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes, em foto de 28 de setembro de 1998
Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes, em foto de 28 de setembro de 1998 - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2022
Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes, em foto de 28 de setembro de 1998

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Ciro também declarou na entrevista que com retirada do ex-juiz, Sergio Moro, da candidatura à presidência da República pelo União Brasil, o pedetista está conversando com o partido e aceita um diálogo com nomes da chamada "terceira via".
Ciro contou que há menos de um mês, Luciano Bivar, que presidia o PSL e hoje comanda o União Brasil, o convidou para um jantar.
"Ele me pergunta se, se lançando candidato, eu aceitaria um apelo dele para sentar numa mesa de diálogo com essas tantas outras forças, que tendo candidaturas, representam antagonismo a essa polarização. Eu considero que dialogar neste instante é fundamental. É absolutamente fundamental, mas minha condição para esse diálogo, que é não ter um inimigo da República na mesa [Moro], está superado. Agora temos que entender o sentido desse diálogo. Para mim são dois. Aprofundar um diagnóstico da crise brasileira. Segundo, o que pretendemos fazer", afirmou.
Na última pesquisa de intenção de votos realizada pela Quaest/Genial e divulgada pela CNN Brasil no dia 7 de abril, Lula está à frente com 44% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 29%. Depois, aparecem Sergio Moro (União Brasil) com 6% – que na época ainda estava cotado para ser presidenciável – e Ciro Gomes com 5%.
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