Descontente com Carlos França, Bolsonaro avalia tirar chanceler do comando do Itamaraty, diz mídia
17:44 21.04.2022 (atualizado: 10:13 22.04.2022)
© Foto / Isac Nóbrega / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Presidente Jair Bolsonaro (à esquerda) e ministro das Relações Exteriores Carlos Alberto França durante a Cerimônia de Hasteamento da Bandeira em homenagem ao Dia do Diplomata, em 20 de abril de 2022
© Foto / Isac Nóbrega / Palácio do Planalto / CC BY 2.0
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Rejeição do Palácio do Planalto à gestão de França teria se aprofundado nas últimas semanas quando Brasil não ficou ao lado de países árabes em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU.
De acordo com a revista Veja, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), anda descontente com a chefia do chanceler, Carlos França, no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Insatisfeito com as posições do Itamaraty em discussões internacionais — inclusive em temas recentes no Conselho de Segurança da ONU – o presidente teria começado a ouvir figuras importantes do governo para encontrar um nome que substitua o de França.
Segundo a mídia, o status da administração do diplomata se deteriorou nos últimos meses, piorando bastante nas últimas semanas, após o Brasil não seguir países árabes em uma discussão no Conselho de Segurança da ONU que condenava ações terroristas no Oriente Médio.
© Isac Nóbrega / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Jair Bolsonaro e Carlos França na Cerimônia de hasteamento da Bandeira em homenagem ao Dia do Diplomata, 20 de abril de 2022
Jair Bolsonaro e Carlos França na Cerimônia de hasteamento da Bandeira em homenagem ao Dia do Diplomata, 20 de abril de 2022
© Isac Nóbrega / Palácio do Planalto / CC BY 2.0
Bolsonaro, ao ser cobrado sobre a posição da diplomacia brasileira, sequer havia sido informado pelo chanceler do assunto, relata a revista.
Diante da crise provocada pela falta de apoio brasileira a países árabes, o presidente enviou o almirante Flávio Rocha, secretário Especial de Assuntos Estratégicos, aos Emirados Árabes Unidos para desfazer o mal-estar criado pela posição do Itamaraty.
A mídia afirma que a mudança no comando do MRE do Brasil é "uma questão de tempo".