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Embaixador russo nos EUA condena OEA por suspender status de observador do país: 'Erro grave'

© AP Photo / Alexander ZemlianichenkoAnatoly Antonov, embaixador russo nos EUA, em Moscou, na Rússia, no dia 20 de julho de 2018.
Anatoly Antonov, embaixador russo nos EUA, em Moscou, na Rússia, no dia 20 de julho de 2018. - Sputnik Brasil, 1920, 21.04.2022
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O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, criticou a decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) de suspender a Rússia enquanto observador permanente do fórum e classificou a decisão de "erro grave".
Mais cedo, a OEA decidiu, por 25 votos a zero, suspender o status da Rússia de observador permanente do organismo. O anúncio foi feito pela embaixadora de Santa Lúcia na OEA, Elizabeth Darius-Clarke, após a votação, que foi transmitida ao vivo nesta quinta-feira (21).
Antonov se manifestou por meio de uma nota divulgada nesta quinta-feira (21).

"Consideramos a adoção da resolução de hoje um erro grave. A tarefa de qualquer estrutura internacional é unir os Estados na solução de problemas urgentes, que são mais do que suficientes na região", disse.

O diplomata russo acrescentou que não foi autorizado a falar durante a reunião da OEA quando ocorreu a votação para suspender o status da Rússia de observador permanente.

"Durante a reunião especial sobre esse tema, foi negada à Rússia, enquanto observador permanente da organização, a oportunidade de falar na reunião antes ou depois da votação do documento", contou Antonov.

A medida da OEA vem em meio a uma série de retaliações impostas pelo Ocidente à Rússia e suas autoridades.
Na quarta-feira (20), os EUA impuseram restrições de vistos a 635 russos por alegada "supressão da dissidência, ameaça à integridade da Ucrânia, violação de direitos humanos nas prisões de Donbass".
Moscou, em comunicado, classificou o ato de "desespero" dos EUA.

"Devido ao óbvio caráter artificial e infundado das acusações, as sanções estão se tornando cada vez mais absurdas e demonstram o desespero de Washington por sua incapacidade de submeter nosso país à sua vontade", diz a embaixada russa nos EUA.

Após a operação militar especial russa ter começado na Ucrânia, o Ocidente endureceu sua pressão sobre a Rússia.
As medidas restritivas visam principalmente o setor bancário e os suprimentos de produtos de alta tecnologia. Na Europa são feitos apelos para reduzir a dependência dos recursos energéticos russos.
As medidas já resultaram em problemas econômicos nos EUA e na União Europeia, causando alta nos preços dos combustíveis e produtos alimentícios.
O Kremlin designou as sanções de "guerra econômica nunca antes vista", mas ressaltou que estava pronto para tal desenvolvimento dos eventos.
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