Alemanha: partido de Scholz deve expulsar ex-chanceler alemão por laços com a Rússia
15:52 25.04.2022 (atualizado: 18:37 25.04.2022)
© AP Photo / Markus SchreiberO então ministro das Finanças da Alemanha Olaf Scholz (centro), o então líder do Partido Social Democrata Norbert Walter-Borjans (à esquerda) e a também líder partidária Saskia Esken (à direita) participam de coletiva de imprensa em Berlim, 10 de agosto de 2022.
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A líder do Partido Social Democrata (PSD) alemão Saskia Esken anunciou uma investigação interna sobre o ex-chanceler e ex-presidente do partido Gerhard Schroeder por conexões com a Rússia.
O ex-chanceler de 78 anos foi convidado a deixar o PSD após anunciar que permaneceria nos conselhos da gigante petrolífera russa Rosneft e em sua subsidiária com sede na Suíça, Nord Stream AG.
O desconforto do partido com a permanência de Schroeder nas empresas ocorre devido à operação militar russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro.
"Nós pedimos que Gerhard Schroeder deixasse seus cargos nos consórcios russos [...]. Infelizmente ele não acatou esse conselho. Nós recebemos diversos pedidos para iniciar processos internos contra Schroeder, e eles serão conduzidos por órgãos competentes", afirmou Esken a repórteres.
© AFP 2023 / Olga MaltsevaO ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder durante coletiva em São Petersburgo, na Rússia, 29 de setembro de 2017.
O ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder durante coletiva em São Petersburgo, na Rússia, 29 de setembro de 2017.
© AFP 2023 / Olga Maltseva
A líder do PSD acrescentou que esse procedimento impõe obstáculos à expulsão e avaliou que essa conclusão levará tempo.
Em recente entrevista ao jornal The New York Times, Schroeder afirmou que a Alemanha não pode manter distância da Rússia porque a indústria alemã depende das matérias-primas e da energia russa, incluindo petróleo, gás e terras raras.
O ex-chanceler alemão governou o país europeu pelo PSD entre 1998 e 2005.