Pequim expressa protesto: 'EUA admitem que Taiwan faz parte da China, mas falam de agressão'
06:32 29.04.2022 (atualizado: 06:33 29.04.2022)
© AFP 2023 / Sam Yeh Bandeira de Taiwan sendo transportada por um helicóptero CH-47 Chinook
© AFP 2023 / Sam Yeh
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Pequim expressou veementemente desacordo às recentes declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que afirmou na terça-feira (26) perante o Congresso americano que Washington ajudará Taiwan a aumentar a sua capacidade de defesa assimétrica para dissuadir um potencial ataque da China.
Em particular, Blinken assegurou que a administração de Joe Biden está "determinada a garantir que [Taiwan] disponha de todos os meios necessários para se defender de qualquer potencial agressão, incluindo uma ação unilateral da China, para alterar o status quo que se mantém há muitas décadas".
"Lamentamos e rejeitamos a declaração do secretário [de Estado Antony] Blinken em uma audiência no Congresso, em 26 de abril, de que a administração [norte-americana] está determinada que Taiwan tenha todos os meios necessários para se defender contra qualquer potencial agressão", escreveu nesta quinta-feira (28) no Twitter Xie Yongjun, chefe do Departamento de Informação do Ministério das Relações Exteriores da China.
The US admits that Taiwan is part of China, but keeps talking about the so-called China’s potential “aggression” of Taiwan. What's the point of saying so? Isn’t this self-contradictory since a country can not “invade” part of its own territory?
— XIE Yongjun 解勇军 (@XIEYongjun_CHN) April 28, 2022
"Os EUA admitem que Taiwan faz parte da China, mas continuam falando de uma chamada 'agressão' potencial da China em Taiwan. Qual é o sentido de dizer isso? Não seria isso contraditório, já que um país não pode 'invadir' parte do seu próprio território?", indagou o diplomata chinês.
Nesta quarta-feira (27), o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, afirmou que Pequim lamenta e rejeita a declaração de Blinken em relação à ilha autogovernada e lembrou que os dirigentes americanos "declararam em várias ocasiões que os EUA não apoiam a 'independência de Taiwan'", o que, mesmo assim, não tem impedido Washington de continuar a vender-lhes armas e de manter contatos oficiais com as autoridades locais, enviando assim "sinais às forças separatistas".