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Embaixador ucraniano na Alemanha se recusa a pedir perdão por chamar Scholz de 'salsicha ofendida'

© AFP 2023 / Christoph SoederAndrei Melnik, embaixador da Ucrânia na Alemanha, fala com convidados no Hotel Adlon em Berlim, Alemanha, 29 de abril de 2022
Andrei Melnik, embaixador da Ucrânia na Alemanha, fala com convidados no Hotel Adlon em Berlim, Alemanha, 29 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 06.05.2022
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Andrei Melnik, embaixador da Ucrânia na Alemanha, disse que não quer discutir ter chamado o chanceler alemão de "salsicha de fígado ofendida", e que prefere falar do fornecimento de armas a Kiev.
Andrei Melnik, embaixador da Ucrânia na Alemanha, recusou-se em uma entrevista à rádio Deutschlandfunk a pedir desculpa a Olaf Scholz, chanceler alemão, por o chamar de "salsicha de fígado ofendida".
A expressão, que em alemão significa ser ofendido por nada, foi proferida pelo embaixador na terça-feira (3) em resposta à recusa de Scholz em visitar Kiev, que, por sua vez, citou como justificativa o caso do presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, que já revelou não querer viajar à capital ucraniana.
O caso foi resolvido desde então, mas Melnik acredita que era necessário algo mais que desculpas.
"Não se trata de pedir desculpa, trata-se de fazer a política correta nestes dias", argumentou ele no artigo publicado nesta sexta-feira (6).
O representante ucraniano afirmou que eram os "contos da carochinha" sobre a Alemanha ajudar a Ucrânia com armas pesadas que deviam estar na ribalta, e não seus comentários sobre Scholz, insistindo que apesar das promessas, Berlim fez pouco para ajudar Kiev militarmente. Andrei Melnik citou os casos dos EUA, Reino Unido e até a "pequena Estônia" como países que forneceram mais armas à Ucrânia.
Embaixador ucraniano na Alemanha, Andrei Melnik, durante reunião no Bundestag, Berlim, 27 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2022
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Bundestag exorta a expulsar embaixador da Ucrânia em Berlim por chamar Scholz de 'salsicha ofendida'
Vários legisladores alemães têm pedido que Melnik fosse expulso por seus comentários controversos, que incluem ainda ter exigido em janeiro armas pesadas à Alemanha devido à sua "responsabilidade histórica eterna pela Ucrânia devido à tirania nazista", e até a ameaça de 2021 de obter armas nucleares se o país não fosse admitido à OTAN.
A Rússia advertiu repetidamente os países ocidentais contra o envio de armas para a Ucrânia, dizendo que o envio perpetua o conflito e mina as negociações entre Moscou e Kiev, que têm o objetivo de parar as hostilidades. Moscou acusou o Ocidente de estar pronto para combater a Rússia "até o último ucraniano".
Vladimir Putin, presidente da Rússia, ordenou o início da operação militar especial em 24 de fevereiro, em resposta a um pedido de assistência das repúblicas de Donbass, notando que a Rússia não tinha outra escolha e foi "forçada" a responder para acabar com o "genocídio" da população russófona da região.
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