Guedes justifica falta de aumento do salário mínimo por pandemia e conflito entre Rússia e Ucrânia
13:23 09.05.2022 (atualizado: 17:14 09.05.2022)
© Folhapress / Antonio MolinaMinistro Paulo Guedes durtante Coletiva em 9 de maio de 2022
© Folhapress / Antonio Molina
Nos siga no
Para ministro, o país "pegou duas guerras" seguidas, representadas pela COVID-19 e pela crise ucraniana, e por isso, salário mínimo sofreu "perdas importantes".
Nesta segunda-feira (9), foi divulgado que o governo Bolsonaro é a primeira gestão, desde o Plano Real, que terminará a administração com o salário mínimo valendo menos do que quando o presidente, Jair Bolsonaro (PL), assumiu o cargo.
Cálculos da consultoria Tullett Prebon Brasil citados pelo jornal O Globo apontam que a perda do poder de compra ao fim da gestão do mandatário será de 1,7%, já descontada a inflação.
Em seguida, o chefe da Economia, Paulo Guedes, justificou que a falta de aumento do salário mínimo é um reflexo dos efeitos de duas "guerras" que atingiram o Brasil: a crise sanitária da COVID-19 e os efeitos do conflito entre Rússia e Ucrânia.
"A verdade é que essa geração pagou pela guerra. Nós fizemos sacrifício e ficamos sem aumento de salário, tivemos uma recuperação econômica forte. Não houve aumento de salário real, porque durante uma guerra normal que haja perdas importantes", afirmou o ministro nesta segunda-feira (9) durante lançamento da plataforma de investimentos do governo.
Guedes acrescentou que "nós estamos lutando para preservar pelo menos um salário mínimo, para preservar os empregos, para preservar a capacidade de investimento do país".
A plataforma citada é o programa Monitor de Investimentos, o qual vai mapear investimentos contratados e projetados por setor, considerando recursos do próprio governo e também da iniciativa privada.
© Folhapress / Antonio MolinaMinistro da Economia, Paulo Guedes, participa do lançamento da Plataforma digital Monitor de Investimentos, 9 de maio de 2022
Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa do lançamento da Plataforma digital Monitor de Investimentos, 9 de maio de 2022
© Folhapress / Antonio Molina
De acordo com a mídia, estão mapeados investimentos de R$ 860 bilhões para os próximos dez anos. O programa é uma parceria entre o Ministério da Economia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com apoio financeiro do governo britânico.