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Astrônomos testemunham pela 1ª vez a 'bola de fogo' de raios X de uma nova estelar (FOTO)

© Foto / geraltExplosão estelar (imagem de referência)
Explosão estelar (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 12.05.2022
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A tremenda erupção energética de uma estrela morta passando por uma explosão de nova foi capturada por um dos mais poderosos instrumentos de raios X no espaço.
O telescópio conjunto russo-alemão eROSITA, a bordo do observatório espacial Spektr-RG, capturou pela primeira vez o que é conhecido como a fase "bola de fogo" de uma nova clássica – uma erupção de uma estrela anã branca.
A nova, conhecida como YZ Reticuli, foi descoberta em 15 de julho de 2020, a uma distância de cerca de 8.250 anos-luz, perto da constelação Reticulum no Hemisfério Sul.
Durante sua segunda pesquisa de todo o céu, de junho a dezembro de 2020, o telescópio eROSITA encontrou na 23ª passagem uma fonte de raios X extremamente brilhante e suave, identificando-a posteriormente como YZ Reticuli. De acordo com as leituras, o flash não pode ter durado mais de oito horas.
© Foto / König et al., Nature, 2020Imagem eROSITA mostra bola de fogo de raios-X, 7 de maio de 2020
Imagem eROSITA mostra bola de fogo de raios-X, 7 de maio de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 12.05.2022
Imagem eROSITA mostra bola de fogo de raios-X, 7 de maio de 2020
De acordo com os astrônomos, a modelagem teórica montada sobre a fase "bola de fogo" de uma nova concluiu corretamente que levaria 11 horas até que a explosão de brilho intenso fosse registrada.
Dentre os resultados divulgados pela Science Alert, a observação permitiu que os astrônomos obtivessem a confirmação sobre uma teoria, levantada em 1990, de que a fase "bola de fogo" de uma nova fosse breve e brilhante, entre a fusão descontrolada que desencadeia a explosão e o brilho da estrela em comprimentos de onda ópticas.
Segundo a teoria, o material em expansão atinge a fotosfera da estrela anã branca, ou sua "superfície". A aceleração desse material para fora corresponde à aceleração para dentro devido à gravidade da estrela, fazendo com que a anã branca aqueça e brilhe com luminosidade máxima, conhecida como luminosidade de Eddington.
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À medida que a explosão continua a se expandir, ela esfria, fazendo com que a luz emitida se desloque dos comprimentos de onda de raios X mais energéticos para os ópticos. Geralmente é quando vemos uma nova brilhar.
Os resultados da pesquisa permitiram que a equipe fizesse algumas medições importantes da anã branca em questão, que incluem o tempo preciso da reação termonuclear e a evolução da temperatura da anã branca durante toda a duração do evento nova.
"Com a detecção bem-sucedida do flash de YZ Reticuli pelo eROSITA, a existência de flashes de raios X foi agora confirmada por observação", escrevem os pesquisadores em seu artigo.
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