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Biden utiliza Polônia como pretexto para começar guerra com Rússia, afirma coronel americano

© AP Photo / Czarek SokolowskiSecretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ao centro, e o ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, em primeiro plano, apertam as mãos de soldados, durante uma visita às tropas dos EUA estacionadas na Base Aérea de Powidz, na Polônia, em 18 de fevereiro de 2022.
Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ao centro, e o ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, em primeiro plano, apertam as mãos de soldados, durante uma visita às tropas dos EUA estacionadas na Base Aérea de Powidz, na Polônia, em 18 de fevereiro de 2022.  - Sputnik Brasil, 1920, 12.05.2022
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A administração Biden pode estar planejando iniciar uma guerra entre a OTAN e a Rússia, utilizando como desculpa uma invasão polonesa da Ucrânia Ocidental, escreve em uma coluna do American Conservative o coronel aposentado Douglas Macgregor, ex-assessor do secretário de Defesa dos EUA.
O especialista notou que os êxitos das forças russas em combates no território da antiga república soviética e o estado lamentável do Exército ucraniano foram contra os planos de Washington.

"Confrontada com o fracasso inequívoco da assistência dos EUA e da chegada em massa de novas armas para resgatar as forças ucranianas da inevitável destruição, a administração Biden está desesperada para reverter a situação e salvar a face. A Polônia parece oferecer uma saída", escreve o militar.

Segundo relatos não confirmados vindos de Varsóvia, "o pessoal polonês foi discretamente instruído a fazer planos de intervenção no conflito ucraniano, tomando a parte ocidental da Ucrânia", afirma o coronel.
Se aproveitando da situação - Sputnik Brasil, 1920, 29.04.2022
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Se aproveitando da situação
O oficial acrescentou que Kiev, controlada pelos EUA, não teria nenhum problema em dar permissão para Varsóvia intervir, o que é necessário para legitimar as hostilidades desta escala. Enquanto isso, Washington planeja utilizar possíveis incidentes entre militares russos e poloneses em seus interesses.

"Presumivelmente, a administração Biden pode esperar que um confronto envolvendo russos e poloneses em qualquer forma [...] poderia levar uma reunião do conselho da Aliança Atlântica para aplicar o artigo 5º do Tratado da OTAN", esclareceu Macgregor.

O militar apontou, porém, que agora é difícil especular quão legítima seria uma intervenção polonesa para a OTAN intervir no conflito aos olhos dos membros da aliança, por isso, Washington vai deixar a cada país a seu critério as ações concretas.

"O máximo que qualquer analista pode dizer com confiança neste momento é que a intervenção militar polonesa confrontaria os membros da OTAN com o espectro da guerra com a Rússia, o próprio desenvolvimento que a maioria dos membros da OTAN se opõe", alertou Macgregor.

Na semana passada, o ex-deputado ucraniano, Ilia Kiva, acusou Varsóvia de fazer preparativos para anexar territórios ucranianos ocidentais à Polônia em uma postagem seu Telegram, dizendo que a formação de uma "linha de defesa ocidental" pode ser o primeiro estágio para a criação de um governo ucraniano "pró-ocidental" baseado em Lvov, o qual seria posteriormente absorvido pela Polónia após um referendo.
© AP Photo / Geert Vanden WijngaertJens Stoltenberg, o secretário geral da OTAN e Andrzej Duda, presidente da Polônia
Jens Stoltenberg, o secretário geral da OTAN e Andrzej Duda, presidente da Polônia - Sputnik Brasil, 1920, 12.05.2022
Jens Stoltenberg, o secretário geral da OTAN e Andrzej Duda, presidente da Polônia
Entretanto, o porta-voz do Ministério do Interior polonês, Stanislaw Zaryn, negou a existência de tais planos, acusando a Rússia de uma "operação de informação contra a Polônia e os EUA" e "espalhar insinuações".
Em 24 de fevereiro, a Rússia começou a operação militar especial de "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia, por ordem do presidente Vladimir Putin. Conforme as declarações do Ministério da Defesa, as Forças Armadas russas atacam exclusivamente instalações militares e tropas ucranianas, sem ameaças aos civis.
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