Confundindo com galáxia, astrônomos teriam descoberto pulsar mais brilhante fora da Via Láctea
CC BY-SA 4.0 / Pablo Carlos Budassi / Conceito artístico do pulsar Lich (PSR B1257+12) (foto cortada)Concepção artística do pulsar Lich (PSR B1257+12)
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Um ponto de luz que os cientistas consideravam uma galáxia distante pode ser o pulsar mais brilhante já detectado fora da Via Láctea.
Denominado PSR J0523−7125 e localizado a cerca de 160.000 anos-luz da Terra na Grande Nuvem de Magalhães – uma galáxia satélite que orbita a Via Láctea, o pulsar recém-definido tem o dobro da largura de qualquer outro pulsar na região e é dez vezes mais brilhante do que qualquer pulsar conhecido fora da nossa galáxia.
O corpo celeste é tão grande e brilhante que incialmente os astrônomos consideraram que se tratava de uma galáxia distante, mas uma recente pesquisa publicada no Astrophysical Journal Letters aponta que este não é o caso.
Usando o radiotelescópio ASKAP na Austrália Ocidental, os autores do estudo observaram o espaço através de um par especial de "óculos de sol" que bloqueiam todos os comprimentos de onda de luz, exceto um tipo específico de emissão associado a pulsares de suas camadas externas altamente magnetizadas, escreve portal Live Science.
Un objet que les astronomes pensaient être une galaxie lointaine est, en fait, le pulsar extra-galactique le plus brillant jamais vu.
— Astropierre (@astropierre) May 10, 2022
PSR J0523−7125 se trouve à 160 000 années-lumière de la Terre et est 10 fois plus brillant que tout autre pulsar connu.https://t.co/9LhUwtNdq0 pic.twitter.com/dtiUzmKW8h
"Foi uma surpresa incrível", disse em comunicado a autora principal do estudo Yuanming Wang, astrofísica da agência governamental de pesquisa científica da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês). "Não esperava encontrar um novo pulsar, muito menos o mais brilhante. Mas com os novos telescópios aos quais temos acesso agora, como ASKAP e seus óculos de sol, é realmente possível", acrescentou.
Pulsares são remanescentes de estrelas explodidas altamente magnetizados que giram rapidamente. À medida que eles giram, fluxos de ondas de rádio irrompem de seus polos pulsando como feixes de luz de um farol.
A equipe descobriu que o PSR J0523−7125 estava emitindo luz circularmente polarizada, o que significa que as chances de se tratar de um pulsar são grandes. Se este objeto se esconde na Grande Nuvem de Magalhães como suspeitam os pesquisadores, então corresponde ao pulsar mais brilhante já encontrado fora da Via Láctea.