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Conflito interminável na Ucrânia prejudica segurança global e a dos EUA, diz colunista
Conflito interminável na Ucrânia prejudica segurança global e a dos EUA, diz colunista
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O conflito militar indireto dos EUA com a Rússia provoca as consequências mais graves não só para o povo ucraniano, mas também para a segurança dos Estados... 14.05.2022, Sputnik Brasil
2022-05-14T11:17-0300
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"A economia global ainda estava devastada pela pandemia de coronavírus, o conflito na Ucrânia e as sanções impostas à Rússia só agravam a turbulência global", aponta colunista. Heuvel ressalta que, no ano passado, a Rússia foi o maior exportador mundial de gás natural, o segundo maior exportador de petróleo bruto, e o terceiro maior exportador de carvão. O país é lider mundial no enriquecimento de urânio para usinas nucleares. Não é de surpreender que, desde o início da operação militar, o preço do combustível tenha aumentado. As restrições impostas a Moscou fizeram aumentar os preços de uma série de commodities. Além disso, a Rússia e a Ucrânia juntas fornecem 30% e 20% do suprimento mundial de trigo e milho respetivamente. Muitos países da América Latina já enfrentam escassez de fertilizantes, com a agricultura brasileira em risco particular. Ainda por cima, 14 países africanos dependem do fornecimento de trigo da Rússia e a da Ucrânia. De acordo com Heuvel, é do interesse dos EUA ajudar a contribuir para a resolução da situação atual e avançar para problemas mais graves, em vez de anunciar uma nova assistência militar à Ucrânia no valor de US$ 33 bilhões (R$ 169,5 bilhões). Os Estados Unidos e seus aliados devem demonstrar de maneira clara à Ucrânia, Rússia, China e à Índia que eles apoiam um acordo que preserve a soberania ucraniana e conduza a um fim rápido do conflito. Isso corresponde aos verdadeiros interesses de segurança dos EUA, conclui a jornalista.
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conflito armado, eua, ucrânia, assistência militar, crise econômica, operação militar, rússia
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Conflito interminável na Ucrânia prejudica segurança global e a dos EUA, diz colunista
11:17 14.05.2022 (atualizado: 11:37 14.05.2022) O conflito militar indireto dos EUA com a Rússia provoca as consequências mais graves não só para o povo ucraniano, mas também para a segurança dos Estados Unidos e dos seus aliados, escreve a jornalista Katrina vanden Heuvel em um artigo de opinião para The Washington Post.
"A economia global ainda estava devastada pela pandemia de coronavírus, o conflito na Ucrânia e as sanções impostas à Rússia só agravam a turbulência global",
aponta colunista.
Heuvel ressalta que, no ano passado, a
Rússia foi o maior exportador mundial de gás natural, o segundo maior
exportador de petróleo bruto, e o terceiro maior
exportador de carvão. O país é
lider mundial no enriquecimento de urânio para usinas nucleares. Não é de surpreender que, desde o início da operação militar, o preço do combustível tenha aumentado.
As restrições impostas a Moscou fizeram aumentar os preços de uma série de commodities.
"Nosso aliados na Europa são atingidos de forma particularmente dura. Entretanto, os cidadãos dos EUA sofrem com o aumento dos preços nos mercados globais de aço, alumínio, baterias para carros, chips de computadores e muito mais", observa ela.
Além disso, a Rússia e a Ucrânia juntas fornecem 30% e 20% do suprimento mundial de trigo e milho respetivamente.
Muitos
países da América Latina já enfrentam escassez de fertilizantes, com a
agricultura brasileira em risco particular. Ainda por cima, 14 países africanos dependem do fornecimento de trigo da Rússia e a da Ucrânia.
De acordo com Heuvel, é do interesse dos EUA ajudar a contribuir para a resolução da situação atual e avançar para problemas mais graves, em vez de anunciar uma
nova assistência militar à Ucrânia no valor de US$ 33 bilhões (R$ 169,5 bilhões).
"Qualquer acordo exigiria sem dúvida a retirada das forças russas, provavelmente em troca da neutralidade da Ucrânia, o reconhecimento do controle da Crimeia por parte da Rússia e algum tipo de estatuto federado [das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk]. E as sanções teriam, sem dúvida, de ser canceladas", opina a colunista em seu artigo.
Os Estados Unidos e seus aliados devem demonstrar de maneira clara à Ucrânia, Rússia, China e à Índia que eles apoiam um acordo que preserve a soberania ucraniana e conduza a um fim rápido do conflito. Isso corresponde aos verdadeiros interesses de segurança dos EUA, conclui a jornalista.