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China desafia 'mentalidade de Guerra Fria' dos EUA após reforço de estratégia do Indo-Pacífico

© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaEm Guilin, na China, o chanceler chinês, Wang Yi, participa de coletiva de imprensa após encontro com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 23 de março de 2021
Em Guilin, na China, o chanceler chinês, Wang Yi, participa de coletiva de imprensa após encontro com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 23 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.05.2022
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Pequim criticou o posicionamento dos EUA, que diz defender "o confronto" na região da Ásia-Pacífico, contrário à "paz e estabilidade" que tem geralmente dominado após a Segunda Guerra Mundial.
Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, advertiu na segunda-feira (23) que a Ásia-Pacífico estava "mais uma vez em uma encruzilhada da história", e expressou preocupação com as novas tentativas de "impor uma mentalidade de Guerra Fria" à região.
"O conceito de Ásia-Pacífico não deve ser diluído e não deve haver interferência com a cooperação da Ásia-Pacífico", disse Wang durante um discurso em vídeo de uma reunião da Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia e o Pacífico (ESCAP, na sigla em inglês), um grupo dedicado a aprofundar a atividade econômica na região.
O diplomata chinês referiu que a região da Ásia-Pacífico tem "geralmente mantido a paz e a estabilidade" desde o final da Segunda Guerra Mundial através da cooperação econômica "florescente" entre as nações.
"A segurança não pode ser baseada na insegurança de outros países. Devemos persistir na resolução pacífica de disputas através do diálogo e da consulta, e nos opor a todas as palavras e ações que promovam a tensão e provoquem confrontos na região", declarou Wang.
Bandeira da China (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 22.05.2022
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Estratégia do Indo-Pacífico dos EUA mina paz na região e falhará, diz China
Wang reiterou suas críticas às tentativas de incitar "o confronto" na região através da criação de "blocos militares" sob a bandeira da "estratégia do Indo-Pacífico" de Washington, uma política que afirma procurar reforçar a presença militar e econômica dos EUA na região para combater a crescente influência de Pequim.
O documento da Estrutura Econômica do Indo-Pacífico (IPEF, na sigla em inglês) diz que Pequim está tentando "reordenar a região a seu favor, alavancando a modernização militar, as operações de influência e a economia predatória para coagir outras nações".
Wang já acusou os EUA de tentar criar um bloco semelhante à OTAN na região da Ásia-Pacífico através de sua estratégia do Indo-Pacífico.
O diplomata chinês também tem sido altamente crítico em relação aos grupos liderados por Washington, tais como o Quad, que integra também a Austrália, Índia e o Japão, e o pacto trilateral AUKUS, este último incluindo a Austrália e o Reino Unido, além dos EUA.
Pequim tem acusado frequentemente Washington de ter pensamento de Guerra Fria e insta os EUA a não alinhar em blocos unilaterais, participando em vez disso de projetos de ganho mútuo.
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