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Conselho de Segurança da Rússia: OTAN vê como cenário ideal conflito na Ucrânia ardendo eternamente

© Sputnik / Aleksei LebedevMuralhas do Kremlin junto ao rio Moscou em Moscou, Rússia, foto publicada em 22 de maio de 2022
Muralhas do Kremlin junto ao rio Moscou em Moscou, Rússia, foto publicada em 22 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.05.2022
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Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, teceu duras críticas à OTAN, que acredita usar a Ucrânia e prolongar o conflito no país.
A OTAN vê como ideal o prolongamento indefinido do conflito na Ucrânia, disse Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, em entrevista ao jornal Argumenty i Fakty.
"Se a Ucrânia fosse autônoma, e não fosse administrada pelo atual regime de marionetes, obcecado pela ideia de entrada na OTAN e na UE, ela há muito teria expulsado toda a escória nazista de sua terra", afirmou ele em artigo publicado nesta terça-feira (24).
"Ao mesmo tempo, o cenário ideal visto por toda a Aliança do Atlântico Norte, com os EUA à frente, é um conflito ardendo infinitamente nesse país. A Ucrânia é necessária ao Ocidente como contrapeso à Rússia, e também como polígono para a utilização de armamento antigo", acrescentou Patrushev.
Para o secretário do Conselho de Segurança russo, "os ocidentais não tirarão seus óculos cor-de-rosa até que os jovens ucranianos enlouquecidos não comecem um alvoroço nas suas ruas".
"A propósito, não é só na Europa. Lembrem-se do recente tiroteio em Buffalo, nos EUA. Gostaria de perguntar aos americanos qual é a diferença entre um neonazista atirando contra pessoas em um supermercado e os combatentes de Azov [contra vários militantes dos quais foram abertos casos criminais na Rússia], que humilhavam e destruíam diariamente de ano a ano a população civil de Donbass", lembrou o alto responsável russo.
Segundo Nikolai Patrushev, são a Rússia, a República Popular de Donetsk (RPD) e a República Popular de Lugansk (RPL) que devem pedir reparações ao Ocidente, e não a Ucrânia a Moscou.
"É a Rússia que tem direito de exigir reparações dos países que patrocinaram os nazistas na Ucrânia e o criminoso regime de Kiev. A RPD e a RPL devem exigir deles reparações por todos os danos materiais durante oito anos de agressão. E o próprio povo ucraniano merece reparações dos principais instigadores do conflito, ou seja, os EUA e o Reino Unido, que estão forçando os ucranianos a lutar, apoiando os neonazistas, fornecendo-lhes armas e enviando seus conselheiros militares e mercenários."
Ele lamentou que muitos ucranianos ainda acreditem no que o Ocidente e Kiev lhes dizem.

Papel do Ocidente

"A sobriedade virá mais cedo ou mais tarde. Eles ainda terão que abrir os olhos e ver que o país realmente não existe, que o patrimônio genético do povo e sua memória cultural estão sendo destruídos pelos ocidentais e substituídos por conceitos de gênero fanáticos e valores liberais vazios", continuou Patrushev.
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O destino da Ucrânia será decidido pelo povo, de acordo com o membro do governo russo.
"Gostaria de lembrar que nosso país nunca esteve à frente dos destinos dos poderes soberanos. Pelo contrário, nós os ajudamos na defesa de seu Estado", sublinhou.
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia não vê a necessidade de "perseguir prazos" para acabar com a operação militar especial na Ucrânia, mas defendeu que "o nazismo deve ser erradicado 100%, ou levantará sua cabeça dentro de poucos anos, e de uma forma ainda mais feia".
O alto responsável qualificou a OTAN como ameaça, apesar de sua autodenominação, citando as ações que tomou.
"A OTAN não é nenhum bloco militar defensivo, mas um bloco militar agressivo na sua forma mais pura, e aderir a ele significa entregar automaticamente uma parte significativa de sua soberania a Washington. Se a aliança expandir sua infraestrutura militar para a Finlândia e Suécia, a Rússia entenderá isso como uma ameaça direta à sua própria segurança, e será obrigada a responder", explicou ao Argumenty i Fakty.
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