Rússia prosseguirá com operação apesar da pressão do Ocidente e seu apoio à Ucrânia, diz Shoigu
07:02 24.05.2022 (atualizado: 07:55 24.05.2022)
© Sputnik / Ministério da Defesa da RússiaMinistro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu
© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia
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O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou que a Rússia prosseguirá com a operação na Ucrânia apesar da pressão do Ocidente.
"Apesar da assistência em grande escala do Ocidente ao regime de Kiev e da pressão das sanções sobre a Rússia, prosseguiremos a operação militar especial até que todas as tarefas sejam concluídas", declarou.
O ministro russo afirmou que a situação de segurança no Leste Europeu foi comprometida devido ao Ocidente.
O Ocidente ignorou as propostas de Moscou sobre a não expansão da OTAN na região e a não implantação de armas de ataque próximo do território russo, fazendo tudo ao contrário do que foi proposto.
"A situação piorou significativamente na região do Leste Europeu com relação às questões de segurança coletiva. Apesar dos esforços da Rússia, o Ocidente ignorou as propostas sobre a resolução das nossas questões de segurança principais – a não expansão da OTAN para leste e a não implantação de armas de ataque próximo ao território russo. Fizeram tudo exatamente ao contrário", declarou.
Além disso, Shoigu afirmou que os EUA tomaram um rumo pelo desmantelamento da estrutura de segurança internacional, acompanhado pela implantação global de sistemas de defesa antimísseis e desenvolvimento de sistemas de mísseis de curto e médio alcance.
De acordo com Shoigu, surgiu uma ameaça real de criação de armas nucleares e sistemas de entrega na Ucrânia.
"Surgiu uma ameaça real de criação de armas nucleares e recursos para entregá-las", afirmou.
Shoigu destacou que a OTAN converteu a Ucrânia em instrumento de pressão contra a Rússia.
"A Aliança do Atlântico Norte se aproximou diretamente das nossas fronteiras e elevou em várias vezes seu potencial de combate. Foram intensificados os esforços para que a Ucrânia aderisse à OTAN, que fossem implantadas infraestruturas militares da coalizão em seu território, enquanto o próprio país era transformado em um Estado hostil para nós, usado como instrumento de pressão sobre a Rússia", comunicou.
A autoridade russa lembrou que no território ucraniano "foi formada uma rede de mais de 30 laboratórios biológicos utilizados no programa de armas biológicas dos EUA".
"Há provas documentais que os estudos eram realizados em segredo, violando os compromissos internacionais assumidos. Eram criados componentes de armas biológicas na proximidade direta de nossas fronteiras eram elaboradas técnicas de desestabilização epidemiológica da situação", comunicou.
O Ocidente não apenas nega o neonazismo na Ucrânia, como também recebe com honras seus representantes, aqueles que estão envolvidos em atrocidades sangrentas.
A russofobia surgiu na Ucrânia com o patrocínio do Ocidente. A língua, cultura e história russas foram perseguidas.
Em oito anos, o regime de Kiev bombardeou metodicamente as cidades e vilas de Donbass. Durante este período, mais de 14 mil pessoas morreram e aproximadamente 33 mil ficaram feridas.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia".
Durante a operação, as Forças Armadas da Rússia eliminam instalações da infraestrutura militar ucraniana sem realizar ataques contra alvos civis em cidades. Os militares russos também organizam corredores humanitários para população civil que foge da violência dos neonazistas e nacionalistas.