Chefe da diplomacia austríaca: perspectiva da adesão da Ucrânia à UE é 'muito distante'
© AP Photo / Valentyn OgirenkoEm Kiev, ministro das Relações Exteriores da Áustria, Alexander Schallenberg, participa de coletiva de imprensa após reunião com representantes de Ucrânia, Eslováquia e República Tcheca, em 8 de fevereiro de 2022
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A perspectiva de ingresso da Ucrânia na União Europeia é muito distante e Bruxelas não promete nada, afirmou na quarta-feira (25) o ministro das Relações Exteriores da Áustria, Alexander Schallenberg.
Em entrevista ao jornal alemão Welt, o chefe da diplomacia austríaca defendeu a integração gradual do Bálcãs Ocidentais, Ucrânia, Moldávia e Geórgia na UE.
"Isso é possível. 27 países da União Europeia poderiam ter consultas com representantes dos Bálcãs Ocidentais, Ucrânia, Moldávia e Geórgia duas-três horas antes de suas reuniões ordinárias. Assim, esses países poderiam ter sua participação", afirmou Schallenberg, acrescentando que esses Estados vão tratar de assuntos concretos, mas a decisão final será dos países da UE.
No que se refere à Ucrânia, por parte da União Europeia "não há uma promessa de adesão", acentuou o ministro austríaco. "Até o ingresso da Ucrânia na UE – se isso acontecer – ainda falta muito, muito tempo", notou.
A união deve dar a Kiev um sinal claro, acredita o ministro.
"O país é parte do modo de vida europeu e está integrado na nossa comunidade de valores. Vamos ver como isso acontecerá. Duvido que o status de país-candidato seja a única solução para a Ucrânia", resumiu.