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Cientistas descobrem ondas magnéticas gigantes oscilando em torno do núcleo da Terra (IMAGENS)
Cientistas descobrem ondas magnéticas gigantes oscilando em torno do núcleo da Terra (IMAGENS)
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Longe de ser um lugar tranquilo, o interior da Terra fervilha em atividade desde a superfície até as correntes magmáticas bem abaixo da crosta. 25.05.2022, Sputnik Brasil
2022-05-25T10:48-0300
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De acordo com dados de satélite recolhidos da Terra com certos detalhes, cientistas identificaram um novo tipo de onda magnética que varre a superfície do núcleo do nosso planeta a cada sete anos. A descoberta, segundo a Science Alert, pode oferecer uma visão de como o campo magnético da Terra é gerado, além de fornecer pistas sobre a história e evolução térmica do nosso planeta. "Combinamos as medições de satélite do Swarm, e também da missão alemã Champ anterior e da missão dinamarquesa Orsted, com um modelo de computador do geodínamo para explicar o que os dados terrestres haviam gerado – e isso levou à nossa descoberta", explica Gillet.Pesquisas até o momento sugerem que o campo magnético da Terra forma uma "bolha" protetora ao redor do nosso planeta, mantendo a radiação nociva fora e a atmosfera dentro, permitindo assim que a vida prospere. Mas o campo magnético não é estático. Flutuando em força, tamanho e forma, o campo tem características que não entendemos e está gradualmente enfraquecendo ao longo do tempo. De acordo com as hipóteses levantadas pelos pesquisadores, a atividade dentro do nosso planeta é importante, porque dela surge o campo magnético como um dínamo no motor de um carro, em que um mecanismo composto por fluido rotativo converte energia cinética em energia magnética. Os satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) são um trio de sondas idênticas, lançadas em 2013, que estão na órbita da Terra para estudar a atividade dentro do planeta, especialmente sua atividade magnética e a dinâmica de seu núcleo. Segundo os pesquisadores, foram analisados dados de outros observatórios terrestres e espaciais, coletados entre 1999 e 2021, até eles terem chegado ao padrão encontrado.Essas ondas, conhecidas como ondas magneto-Coriolis, são enormes colunas magnéticas alinhadas ao longo do eixo de rotação da Terra, sendo mais fortes no equador. Elas varrem a fronteira entre o núcleo e o manto com uma amplitude de cerca de três quilômetros por ano e se movem para o oeste a uma taxa de até 1.500 quilômetros por ano. Sua existência sugere que outras ondas magneto-Coriolis possam existir com diferentes períodos de oscilação, que não conseguimos detectar até o momento devido à falta de dados. Por enquanto, como as ondas carregam informações sobre o meio pelo qual viajam, novas descobertas podem ser usadas para sondar o interior do nosso planeta de novas maneiras – incluindo o núcleo, que é difícil de estudar, bem como a fronteira núcleo-manto.
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ciência e tecnologia, terra, campo magnético, magma, geologia, agência espacial europeia (esa), satélites
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Cientistas descobrem ondas magnéticas gigantes oscilando em torno do núcleo da Terra (IMAGENS)
Longe de ser um lugar tranquilo, o interior da Terra fervilha em atividade desde a superfície até as correntes magmáticas bem abaixo da crosta.
De acordo com
dados de satélite recolhidos da Terra com certos detalhes, cientistas
identificaram um novo tipo de onda magnética que varre a superfície do núcleo do nosso planeta a cada sete anos.
A descoberta,
segundo a Science Alert, pode oferecer uma visão de como o
campo magnético da Terra é gerado, além de
fornecer pistas sobre a história e evolução térmica do nosso planeta.
"Os geofísicos têm há muito teorizado sobre a existência de tais ondas, mas pensava-se que elas ocorrem em escalas de tempo muito mais longas do que nossa pesquisa mostrou", disse o geofísico da Université Grenoble Alpes, na França, Nicolas Gillet.
"Combinamos as medições de satélite do Swarm, e também da missão alemã Champ anterior e da missão dinamarquesa Orsted, com um modelo de computador do geodínamo para explicar o que os dados terrestres haviam gerado – e isso levou à nossa descoberta", explica Gillet.
Pesquisas até o momento sugerem que o
campo magnético da Terra forma uma "bolha" protetora ao redor do nosso planeta, mantendo a radiação nociva fora e a atmosfera dentro, permitindo assim que a vida prospere. Mas o campo magnético não é estático. Flutuando em força, tamanho e forma, o campo tem características que não entendemos e está gradualmente enfraquecendo ao longo do tempo.
De acordo com as hipóteses levantadas pelos pesquisadores, a atividade dentro do nosso planeta é importante, porque dela surge o campo magnético como um dínamo no motor de um carro, em que um mecanismo composto por fluido rotativo converte energia cinética em energia magnética.
Os
satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) são um trio de sondas idênticas, lançadas em 2013, que estão na órbita da Terra para
estudar a atividade dentro do planeta, especialmente sua atividade magnética e a dinâmica de seu núcleo.
Segundo os pesquisadores, foram analisados dados de outros observatórios terrestres e espaciais, coletados entre 1999 e 2021, até eles terem chegado ao padrão encontrado.
Essas ondas, conhecidas como ondas magneto-Coriolis, são enormes colunas magnéticas alinhadas ao longo do eixo de
rotação da Terra, sendo mais fortes no equador. Elas varrem a fronteira entre o núcleo e o manto com uma amplitude de cerca de três quilômetros por ano e se
movem para o oeste a uma taxa de até 1.500 quilômetros por ano.
Sua existência sugere que outras ondas magneto-Coriolis possam existir com diferentes períodos de oscilação, que não conseguimos detectar até o momento devido à falta de dados.
"As ondas magnéticas provavelmente são desencadeadas por distúrbios nas profundezas do núcleo fluido da Terra, possivelmente relacionados a colunas de flutuabilidade", diz Gillet, afirmando ainda que sua pesquisa "sugere que outras ondas semelhantes devem provavelmente existir, provavelmente com períodos mais longos – mas sua descoberta depende de mais pesquisas".
Por enquanto, como as
ondas carregam informações sobre o meio pelo qual viajam,
novas descobertas podem ser usadas para sondar o interior do nosso planeta de novas maneiras – incluindo o núcleo, que é difícil de estudar, bem como a fronteira núcleo-manto.